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Analistas defendem dossiê britânico
Por Da AFP
25/09/2002 | 13:34
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Segundo analistas, o dossiê britânico sobre o programa de armamentos do Iraque apenas demonstra a necessidade de que os inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas) regressem ao país, e não incentiva uma eventual guerra.

Depois de ter lido, nesta terça, as mais de 50 páginas com informações proporcionadas colhidas pelos serviços secretos britânicos, os técnicos militares foram unânimes em afirmar, nesta quarta, que o material era interessante, mas não conclusivo. "O dossiê não apresenta nenhuma prova convincente, nenhum fato crucial, que permita dizer que Saddam Hussein (presidente iraquiano) deve ser derrubado imediatamente", afirmou Charles Heyman, redator-chefe da revista Jane's World Armies.

Segundo as principais conclusões do dossiê britânico, o governo iraquiano tenta fabricar mísseis de longo alcance, violando a resolução 687 das Nações Unidas, continua fabricando armas químicas e biológicas e prossegue seus esforços para conseguir arma atômica.

Porém, o dossiê não menciona nenhum vínculo entre o governo iraquiano e a rede terrorista Al Qaeda, acusada de planejar e executar os atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, contradizendo as recentes declarações de Condoleezza Rice, assessora para segurança do presidente norte-americano, George W. Bush.

O escrito britânico "é um documento muito inteligente. Todo mundo esperava que se militasse a favor de uma guerra contra o Iraque, mas nem sequer tenta fazê-lo. Busca, muito mais, lançar uma campanha para conseguir o regresso dos inspetores" ao Iraque, afirmou um dos especialistas.




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