Líderes indígenas do departamento de Cauca (sudoeste da Colômbia), onde são travados há uma semana violentos combates, denunciaram nesta sexta-feira que tanto o exército quanto a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) utilizam os moradores da área como escudos humanos durante os confrontos.

"Quero fazer um apelo para que estes combates sejam realizados em lugares menos perigosos para a população civil", declarou o líder indígena Oscar Cuchillo, à rádio Caracol.

O governador da comunidade indígena Paez, morador do departamento de Cauca, também pediu ao governo que retire os tanques militares dos arredores do município de Tacueyó, "pois são considerados como alvos pelos guerrilheiros das Farc que podem decidir atacar a qualquer momento, colocando a população em perigo".

Os confrontos entre os soldados e os guerrilheiros no sudoeste da Colômbia já duram 17 dias e pelo menos 39 pessoas morreram, em maioria membros das Farc, segundo fontes militares. A guerrilha anunciou, no entanto, que durante os dez primeiros dias de combate morreram 12 policiais e 19 militares.