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G-12 tenta mudar foco e mira alvo na Educação andreense

Vereadores utilizaram a tribuna para criticar ações do governo Carlos Grana (PT) na área, mesmo sem finalizar relatório da Saúde

Caio dos Reis
Especial para o Diário
19/02/2015 | 07:00
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Montagem/DGABC


Na tentativa de se manter unidade, o G-12, ala de vereadores autodefinidos como independentes na Câmara de Santo André, põe como alvo mudar a área de atuação e agora sinaliza colocar foco na Educação, gerida por Gilmar Silvério (PT), antes mesmo de finalizar relatório de críticas ao setor da Saúde do governo Carlos Grana (PT). O grupo continua dando dor de cabeça para a administração petista, que, apesar disso, não dá pistas de desarticulação do bloco.

Parlamentares utilizaram a tribuna da Câmara para questionar os custos educacionais. Porém, evitam rótulo de oposição. Os idealizadores da ala falam em autonomia e fortalecer ações no Legislativo ao impedir influências do Executivo na Casa. Por outro lado, o grupo não tem utilizado como prática rejeitar projetos do Paço, embora tenha maioria, o que daria poder de derrubar eventuais planos do governo. O trabalho de praxe se dá em adiar o prazo de análise, desgastando as atividades da gestão.

Ex-aliado de Grana, Toninho de Jesus (SD) é um dos componentes do G-12 e considera que o bloco tem futuro promissor, diferentemente da ala anterior, que durou menos de seis meses. “Estamos unidos e conversando muito para fazer trabalho sério. Sabemos que essa é a atuação para um grupo e não para um único (parlamentar)”, avaliou.

Toninho qualificou o trabalho do grupo, até agora, como “bom para ótimo”, elencando as vitórias na eleição da presidência da Câmara – com Ronaldo de Castro (PRB) – e a indicação ao comando das principais comissões.

Ailton Lima (SD) minimizou provável intervenção do Paço na busca por dissolver o bloco. “É normal e natural o governo combater qualquer tipo de oposição que possa existir e, em alguns momentos, eles até conseguiram nos isolar. Eu mesmo tive votos contra projetos de integrantes do próprio G-12”, alegou.

O oposicionista defendeu a ‘responsabilidade’ na postura do grupo, descartando ser contrário a propostas apenas por não fazer parte da bancada de sustentação. “Nosso grupo tem posição bem clara e que não é radical. Estamos buscando a liberdade para os parlamentares. Tanto que neste tempo (legislatura) já aprovamos mais de 150 projetos (do governo)”, disse.

O posicionamento do G-12 possui também conotação político-eleitoral e, inclusive, deve projetar candidaturas próprias na sucessão de Grana. O Solidariedade, PTB e PSB fortalecem nomes para a disputa.

Segundo o secretário de Governo e articulador do Paço, Arlindo José de Lima (PT), não existe ação concreta para desmanchar o grupo. “A gente está dialogando e veremos como será no retorno do Carnaval. Estamos fazendo tudo como deve ser feito”, frisou.  




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