Esportes Titulo Ginástica
Hypólito fala sobre pressão olímpica
Por Amanda Guilhen
Especial para o Diário
14/04/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Vencedor de medalhas de ouro no solo das etapas da Copa do Mundo de Doha, no Catar, e Cottbus, na Alemanha, o ginasta Diego Hypólito admite que não está se pressionando para conquistar o pódio olímpico nos Jogos do Rio, em agosto.

“Estou preparando as pessoas para que saibam que não é certo que vou ser medalhista. É claro que tenho chance, mas um minuto e dez segundos decidem 12 anos”, explicou em entrevista realizada no Centro de Ginástica Marcel Francisco dos Santos/Arena Caixa, em São Bernardo, onde treina.

“Muita gente acha que para ser medalhista olímpico é preciso mudar de vida. Eu pensei assim nas outras e não deu certo”, contou o ginasta, que competiu nas Olimpíadas de Pequim (2008) e Londres (2012). Por isso, desta vez Hypólito optou por um planejamento diferente. Segundo ele, é considerado ideal o treino de sete horas diárias, mas ele treina cinco. “Quero ser feliz no meu dia a dia. Se eu sentir dor, saio para fazer fisioterapia. Se estou triste, tento ficar melhor”, argumentou.

Hypólito admitiu que as medalhas conquistadas em Doha e Cottbus o ajudaram a ganhar mais confiança para a competição do Rio de Janeiro, mas vê diferença no nível de dificuldade. “Apesar de ser uma competição muito boa, vários países não participam da Copa do Mundo”, explicou. Segundo ele, um de seus objetivos nesta Olimpíada é ficar de pé. “Eu cai nas outras duas. Nesta, ficar de pé é o que mais quero”, afirmou.

Apesar desta preocupação, Diego diz estar tranquilo, o que, para ele, não tem nada a ver com a experiência, mas sim com o momento. “Em Pequim eu não conhecia o que era uma Olimpíada, em Londres estava totalmente lesionado. Hoje, estou em boa fase, com bom psicológico e sem lesões.”

Atualmente o atleta também está treinando nas barras paralelas, salto e cavalo com alças, aparelho que rendeu medalha de bronze na etapa de Doha. Mesmo assim, o foco do ginasta permanece no solo. “É o aparelho em que tenho me destacado nesses 15 últimos anos. Fiquei entre os oito melhores do mundo durante 12 anos consecutivos, então é o que mais me dá confiança”, disse.

O ginasta deve competir ainda a etapa brasileira da Copa do Mundo, que será realizada em São Paulo, em maio, provavelmente última competição antes da Olimpíada. “Ainda não está definido, mas quero muito participar, principalmente porque não vou competir no evento-teste”. Apesar de ficar fora desta competição, que acontece entre os dias 16 e 22 deste mês, o atleta afirma que pretende estar lá para prestigiar Sérgio Sasaki e Arthur Zanetti, colegas da região, e para conhecer o ambiente em que vai competir em agosto.

Nascido em Santo André, Diego Hypólito atualmente mora em São Bernardo e gosta do Grande ABC. “É uma região muito evoluída e que ao mesmo tempo tem ar de Interior. Pretendo continuar aqui mesmo depois de sair da ginástica”, encerrou ele.  




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