Setecidades Titulo Diadema
UBS Promissão fechará
durante fins de semana

Unidade de Saúde de Diadema oferecia atendimento de
enfermagem; os moradores estão indignados com notícia

Por Thaís Moraes
do Diário do Grande ABC
26/04/2013 | 07:00
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Moradores do  Jardim Promissão e entorno, em Diadema, estão indignados com a notícia de que, a partir de amanhã, a UBS (Unidade Básica de Saúde) Promissão não funcionará mais aos fins de semana. O bairro tem 21.265 pessoas, que utilizavam os serviços de emergência na área de enfermagem da unidade.

Segundo usuários da unidade, o cartaz com o aviso foi colocado na segunda-feira e pegou a todos de surpresa. A recomendação é que, de agora em diante, aqueles que necessitam de atendimentos de emergência aos sábados e domingos se dirijam até as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), prontos-socorros e ao Hospital Municipal.

Para evitar o fechamento da unidade, moradores criaram abaixo-assinado. De acordo com a dona de casa Margarida Maria Olímpia, 46 anos, uma das responsáveis pela coleta de assinaturas, 5.000 pessoas estão participando da ação. "Meu pai vai até a UBS todos os dias para receber aplicação de insulina. No domingo, os funcionários disseram a ele que seria o último fim de semana de funcionamento".

Aos sábados e domingos, os moradores costumam procurar o local para aferir a pressão arterial, fazer curativos e inalações, para que sejam aplicados medicamentos e até para receber os primeiros socorros caso ocorra alguma emergência.

Grávida de três meses, a auxiliar de limpeza Lucineide dos Santos, 36 anos, costuma ir até a UBS para fazer o controle da pressão arterial e receber inalação. "Fechar no fim de semana é um absurdo. As pessoas precisam tomar medicamentos e, sem o posto, como é que fica?", reclamou.

Já o cozinheiro José Luiz Militão, 40, soube da notícia quando passava ontem em frente à UBS. "Tanta coisa para mexer e eles vão fazer isso justamente na Saúde?", indignou-se.

ESPERA

Em relação ao remanejamento dos pacientes para outras unidades, o tapeceiro Marcelo José dos Santos, 40, vê como descaso. "Minha mãe é hipertensa. Se levá-la ao Hospital Municipal, ela vai ter que esperar duas horas para medir a pressão porque lá a prioridade são os casos mais graves. Em vez de ampliar o atendimento, estão tirando algo que é nosso direito."

A equipe do Diário entrou em contato com a Prefeitura e com o secretário de Saúde, José Augusto da Silva Ramos, e ambos não se pronunciaram sobre o assunto.




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