Nacional Titulo Janeiro de 2010
Fortes chuvas tornam trágico Ano Novo 2010
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26/12/2010 | 07:00
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As fortes chuvas que caíram nas primeiras horas de 1º de janeiro de 2010 transformaram um dos principais paraísos turísticos do Brasil em um cenário de dor e destruição. Deslizamentos de encostas atingiram a pousada Sankay e sete casas em Ilha Grande, Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, matando 33 pessoas, a maioria delas turistas de São Paulo.

No Estado todo, 53 pessoas morreram em consequência dos temporais do começo do ano. Várias regiões de Angra, como o Morro da Carioca, na parte continental, foram castigadas pelas chuvas. A prefeitura contabilizou 80 casas destruídas. A cidade histórica de Paraty, também no litoral sul do Rio, ficou isolada em razão de uma queda de barreira na BR-101 (Rio-Santos). Dezenas de pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas e imóveis foram interditados

São Paulo - A virada do ano também foi trágica para o Estado de São Paulo. O município de São Luiz do Paraitinga, tradicionalmente conhecido por seu carnaval de marchinhas, teve a maior parte de seu patrimônio histórico e arquitetônico destruído por conta da águas do Rio Paraitinga que corta a cidade e que transbordou. Entre as perdas estão a igreja matriz São Luiz de Tolosa, construída no século 19, que desabou completamente. Uma pessoa morreu. A prefeitura decretou estado de calamidade pública e cancelou a festa de carnaval.

Cunha, outra cidade turística do Vale do Paraíba, também foi castigada pelas águas. Seis pessoas de uma mesma família morreram em consequência de um deslizamento de terra sobre a casa em que estavam, na zona rural da cidade. A família, de São Paulo, passava as festas de fim de ano em um sítio de veraneio.

Na capital paulista, mortes, enchentes, destruição e uma situação inusitada: moradores do Jardim Romano, na zona leste da cidade, tiveram de aprender a conviver com as ruas alagadas. A situação levou o prefeito Gilberto Kassab a decretar situação de calamidade pública na região.

Faltou pouco - apenas 0,9 milímetros - para que janeiro de 2010 entrasse para a história como o mês mais chuvoso na capital paulista. O recorde histórico permanece com janeiro de 1947, quando o índice acumulado foi de 481,4 mm ante 480,5 mm deste ano. Do começo de dezembro até 31 de janeiro, 68 pessoas morreram no Estado todo em consequência das fortes chuvas.

Rio Grande do Sul - Em Agudo, no Rio Grande do Sul, uma ponte sobre o rio Jacuí, que liga Santa Maria a Santa Cruz do Sul, desabou também no começo do ano em consequência da força das água. Havia cerca de 20 pessoas sobre ela. Quatro morreram, entre elas o vice-prefeito de Agudo, Hilberto Boeck.




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