Setecidades Titulo Após morte
Prefeitura realocará 39 crianças da creche em escola
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
14/12/2011 | 07:00
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Das 160 crianças matriculadas na creche Francisco Diassis Gomes Teixeira, no Parque Esmeralda, em São Bernardo, interditada desde a morte de um menino de 1 ano e 2 meses há uma semana, 39 serão realocadas na Escola Municipal de Educação Básica Karolina Zofia Lewandowiski, que funciona no mesmo terreno.

A Prefeitura de São Bernardo fez o levantamento dos pais que não têm onde deixar os filhos até o dia 23, último dia letivo na rede de ensino municipal, durante a reunião de mães, realizada ontem pela manhã.

Das 39 crianças, oito são do berçário (zero a 1 ano e 6 meses), 27 do Infantil 1 (2 anos) e quatro do Infantil 2 (3 anos), segundo a administração. Além da direção da escola, a secretária de Educação de São Bernardo, Cleusa Repulho, conduziu o primeiro encontro com os pais, depois que fragmentos de reboco desprenderam de uma viga de concreto.

Entre eles, Márcia Antonia Oliveira e José Gonçalves, ambos com 33 anos, se surpreenderam com a notícia de que a pequena Adrielly Vitória, 1 ano e 2 meses, era uma das três crianças que estavam exatamente na área do acidente - eram outros dois meninos, um deles a vítima fatal Reynan de Moraes Nascimento Cruz.

"Minha filha nasceu de novo. Foi uma bênção", afirmou Márcia, emocionada. A criança sofreu escoriações no rosto e nas costas, além de se sujar com a poeira levantada do concreto. Naquela noite a filha teve febre, mas os pais desconheciam o motivo. "Na creche, sei que as professoras deram total assistência", acrescentou, ao ressaltar que terá um Natal especial.

Moradores reivindicam lombadas e radares

 

As duas escolas municipais no Parque Esmeralda, que funcionam em um mesmo terreno, estão localizadas na Estrada do Cama Patente, uma das mais movimentadas e de trânsito pesado na região do Alvarenga, em São Bernardo. Além dos moradores, pais de alunos reivindicam a instalação de lombadas e radares na via por parte da Prefeitura.

“Os caminhões e carros descem com tudo aqui, exatamente nessa curva onde ficam as escolas. Uma hora vai acontecer algum acidente mais grave com alguma criança”, reclamou Marcelo Marques, 36 anos, que sugere a instalação de “radar de 20 km/h ou lombada”.

Líder comunitário do Parque Esmeralda, Wilson Luís dos Santos disse que já solicitou à administração, mas sem sucesso. “Um semáforo próximo da escola seria a solução”, apontou.

A Prefeitura informou que está em fase de implementação do projeto de trânsito, com nova sinalização, placas que regulamentam a velocidade de 30 km/h e que advertem sobre a travessia de escolares.

 




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