Grupo de cerca de 40 ex-alunos do Iesa (Instituto de Ensino Superior Santo André), faculdade associada ao Grupo Educacional Uniesp, aguardam emissão do diploma como prova da conclusão do curso de Pedagogia há aproximadamente dois anos. Sem o documento, os professores formados estão impedidos de exercer a profissão.

Os estudantes concluíram a graduação em dezembro de 2010 e fizeram a solicitação do documento junto à instituição de Ensino Superior no início de 2011, após a realização da colação de grau. Segundo os ex-alunos, a faculdade deu prazo de um ano para que o diploma ficasse pronto sem custo para os alunos, encerrado em fevereiro de 2012.

"Ninguém atende ao telefone para dar informações. Já fui até a Uniesp três vezes e eles só dizem que o diploma não está pronto", revolta-se Diana Elizabete Benites, 32 anos. Para ela, que já deu entrada no Procon (órgão de defesa do consumidor) de Santo André na tentativa de solucionar o problema, a postura da faculdade está em desacordo com os direitos dos alunos.

Sem a comprovação de que os estudantes concluíram o Ensino Superior, muitos estão desempregados ou exercendo outras funções. Um dos exemplos é o caso da docente desempregada Roseli da Silva Santos, 42. "A gente se prepara para concurso público, mas não pode fazer porque precisa do diploma for aprovado e chamado", ressalta. Segundo ela, a primeira pergunta dos empregadores para os formados é sobre o diploma.

MAIS PRAZO

Em resposta, o grupo Uniesp informou que os documentos que ainda não foram entregues aos formandos da turma de Pedagogia de 2010 estão em fase final de liberação junto à UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), instituição responsável pela validação dos documentos. O prazo para entrega é de dois meses.

O estabelecimento de ensino esclareceu ainda que, segundo as regras do MEC (Ministério da Educação), a expedição do diploma é atribuição preferencialmente das universidades públicas reconhecidas para tal finalidade e que não há como interferir nos procedimentos internos da instituição para antecipar a liberação. Uma das hipóteses para o atraso é a greve das universidades federais, que ocorreu no ano passado e teve duração de 64 dias.