Cultura & Lazer Titulo Atual há séculos
Clássico discute generosidade
Por Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
19/03/2010 | 07:00
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"Escola de Mulheres", do dramaturgo francês Molière, já tem quase 350 anos, mas volta aos palcos hoje, no Teatro Vivo, em São Paulo, para mostrar que o debate no joga luz está mais vivo do que nunca.

Roberto Lage, que já assinou a direção de uma adaptação do texto há 24 anos, conta que o motivo de trazê-lo à tona mudou, mas ele ainda vem discutir a natureza humana. "Naquela época a discussão permeava o comportamento político, pois era o momento em que estávamos vivendo. Hoje, podemos projetar no espetáculo reflexões sobre o individualismo, autoritarismo e deslizes de ordem moral, abordados no século 17, e que continuam muito atuais", conta.

Com Oscar Magrini, Erik Marmo e Thais Pacholek encabeçando o elenco, narra a história Arnolfo (Oscar Magrini), um homem que ultrapassou os 40 anos e nunca se casou por receio de ser enganado pela mulher, preferindo se comprometer com casadas.

Como esteio emocional, ele adotou a criança Inês (Thais Pacholek), que acaba encerrada em um convento, ainda na infância, para ficar alheia às malícias da sociedade.

Aos 18 anos, a jovem Inês acaba se apaixonando por Horácio (Erik Marmo), filho de um amigo de Arnolfo. O jovem rapaz acaba amigo do pai adotivo ciumento e o torna seu confessor das aventuras amorosas que vive com a garota, sem saber que é ela quem o homem deixa enclausurada para não se deparar com o amor furtivo.

"O mote central da montagem discute até que ponto as pessoas são generosas umas com as outras e se essa generosidade, de alguma maneira, pode ser um agente transformador dentro de uma organização social, nos dias de hoje", diz Lage, sobre a contemporaneidade do texto de Moliére.

Escola de Mulheres Teatro Vivo - Avenida Doutor Chucri Zaidan, 860, São Paulo. Tel.: 2626-0867. 6ª, às 21h30; sáb., às 21h e dom., às 19h. Ingr.: 6ª e dom., R$ 40 e sáb., R$ 50. Até 30 de maio.




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