Economia Titulo Inflação
CNI descarta risco de pressões inflacionárias no momento
Por Da Agência Brasil
27/12/2009 | 07:11
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O crescimento gradual da capacidade instalada da indústria - o total que uma empresa pode produzir - é um dos indicadores que permitem à CNI (Confederação Nacional da Indústria) não ter maiores preocupações com o cenário inflacionário, principalmente quando se trata de preços industriais.

Segundo o economista da entidade Marcelo de Avila, até o momento os dados não mostram nenhum risco de inflação mesmo com o crescimento da demanda, a oferta de crédito e os incentivos do governo, que reduziu impostos para diversos setores, como automotivo e linha branca (geladeiras e máquinas de lavar, por exemplo).

De acordo com o último boletim de investimentos na indústria divulgado pela CNI, apenas 46,3% das empresas realizaram os investimentos como planejado. Outros 49,8% não desenvolveram seus planos de investimento para 2009 como esperavam. As incertezas econômicas e a necessidade de reavaliação da demanda devido à crise econômica foram os principais motivos.

O fato é que não existe o risco de inflação porque a produção ainda não atingiu seu limite, tanto é que os dados mostram que o empresário não investiu para reduzir parte da ociosidade do parque industrial.

"Se ele tem cinco máquinas e apenas duas estão funcionando, ele pensa o seguinte: se houver um aumento de demanda só preciso ligar outra máquina, e não tem necessidade de qualquer investimento", diz Avila.

O economista da CNI lembra que quando a demanda começar a crescer, as máquinas restantes voltarão a ser ligadas. Mas só entre a quarta e quinta máquinas, no caso do exemplo acima, próximo do limite, o empresário estará começando a chegar no seu teto da capacidade total de produção e aí sim será incentivado a começar a fazer os investimentos.

Marcelo de Avila ressalta, porém, que os investimentos já se mostram presentes; os dados do mês de outubro da PIM (Pesquisa Industrial Mensal) registrou crescimento de quase 6% na produção de máquinas e equipamentos.

"Aumentou a confiança do empresário, você vê o aumento de confiança do consumidor. O emprego está revigorando, está crescendo. Pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o emprego está ultrapassando as previsões mais otimistas, que diziam que seria de 1 milhão de postos de trabalho e já está em 1,4 milhão", afirma Avila.




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