Economia Titulo Aposentados
Reunião sobre reajuste do INSS é adiada
Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
18/08/2009 | 07:04
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A reunião que seria realizada hoje em Brasília (DF) para decidir se os aposentados e pensionistas conseguirão aumento foi adiada para segunda-feira, dia 24. O remanejamento da data ocorreu a pedido das centrais sindicais. Os beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) reivindicam reajuste real de 3% para aqueles que recebem mais de um salário mínimo (R$ 465), ou seja, cerca de oito milhões de pessoas.

Hoje, os sindicatos nacionais e as centrais gerais vão se reunir para realizar uma consulta às bases das representações sobre as exigências do governo.

Para conceder o aumento acima da inflação, exige-se que quatro propostas sejam retiradas: 1) o fim do fator previdenciário - PL (Projeto de Lei) 3299/08; 2) o PL 4434/08, que recupera o número de salários mínimos recebidos na data da concessão da aposentadoria; 3) a emenda do senador Paulo Paim (PT-RS) ao PL 1/07, que garante às aposentadorias os mesmos percentuais de reajuste do mínimo; 4) o reajuste de 16% às aposentadorias aprovado pelo Congresso e vetado pelo Palácio do Planalto. "Queremos tratamento igual ao dos trabalhadores para elevar o poder de compra dos aposentados", desabafou Osvaldo Lourenço, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil.

Segundo Lourenço, o pleito não se resume ao aumento real. "Vamos reivindicar também aumento proporcional ao PIB e melhorias nas questões de saúde. Precisamos ter garantia de atendimento médico pelo SUS e acesso a remédios. Existem medicamentos para doenças crônicas que custam quase um salário mínimo."

Até 1991, as aposentadorias eram indexadas ao salário mínimo, mas, segundo Lourenço, como os valores pagos eram irrisórios, "praticamente não dava para pagar a condução de volta para casa", foi requerido que sua base fosse alterada, passando a utilizar o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) como referência, cuja variação nos últimos 12 meses atingiu 4,57%.

Desde o início do governo Lula, em 2002, o salário mínimo começou a apresentar elevação ano a ano, valendo mais a pena do que a indexação na inflação - de R$ 200 alcançou R$ 465. E para o ano que vem, a promessa é que atinja R$ 505.




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