Setecidades Titulo Diadema
Expandir Vizinhança Solidária depende da população

Moradores disseram faltar iniciativa para resolver problemas de forma conjunta

Drielly Gaspar
Especial para o Diário
22/03/2013 | 07:00
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A ACE (Associação Comercial e Empresarial) de Diadema recebeu ontem palestra sobre o programa Vizinhança Solidária, da Polícia Militar. Durante a apresentação do coronel Ricardo Zychan de Moraes, comandante do 24º Batalhão, foi ressaltada a importância de se conhecer os vizinhos para garantir mais segurança ao dia-a-dia. "A comunidade sabe melhor dos problemas de segurança da sua rua, do seu bairro, do que nós. Temos que trabalhar em conjunto."

A apresentação também serviu para que fosse explicado, de maneira detalhada, como funciona o Vizinhança Solidária. Zychan destacou que a adesão é voluntária e que, depois da implantação, o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de cada bairro e a Polícia Militar trabalharão em parceria. "É preciso mudança de comportamento das pessoas. Elas têm que se conscientizar que a solidariedade entre vizinhos pode vir a ser uma ferramenta facilitadora do policiamento preventivo eficiente e eficaz", afirma o coronel.

A palestra deixou claro que o programa só pode ser instalado nas comunidades se elas se organizarem. De acordo com o comandante, a Vila Andréia foi escolhida para ser o piloto em Diadema por ter exatamente essa característica. "Se a área urbana estiver organizada naturalmente, aumenta-se a sensação de segurança e o índice de criminalidade automaticamente cai."

Além disso, o coronel explicou que não basta implantar o programa para que todos os problemas sejam solucionados. "É preciso ter a compreensão da comunidade de que isso não acabará com os crimes na região, mas se trabalharmos juntos, diminuirá cada vez mais", explica.

Presente ao evento, a presidente da ACE, Vera Lúcia Rocha, salientou a importância dos comerciantes para que o programa dê certo. "Muitas vezes o proprietário do comércio passa a ser o tutor do bairro. Vamos ajudar a polícia no trabalho a ser desenvolvido."

INICIATIVA

A palestra contou com a participação de moradores da cidade, que demonstraram vontade de trazer o programa para os bairros onde vivem. Porém, é unânime a opinião de que falta iniciativa das pessoas para trabalhar na resolução dos problemas da comunidade. "Muitos procuram o Conseg, resolvem sua questão e somem. Não se preocupam em propor soluções para todos", alega uma moradora, que não quis se identificar.

Vera Lúcia acrescentou que se todos os vizinhos trabalharem com o mesmo objetivo e unidos, Diadema sairá da situação que vive hoje. "Se nós que vivemos aqui não cuidarmos da nossa rua, do nosso bairro e da cidade como um todo, ninguém vai."




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