A inflação oficial do brasileiro cuja família tem renda entre um e 40 salários-mínimos acumulou variação de 6,31% em 12 meses encerrados em fevereiro. Esse é o maior percentual para o período desde 2005, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsável pela pesquisa, apurou 7,39%.

O resultado do mês passado foi consequência de inflação mensal de 0,60%. Esse percentual veio acima do que o mercado financeiro previa. Segundo o último boletim Focus, do Banco Central, os especialistas das empresas financeiras e de análises econômicas acreditavam, na mediana, que o resultado seria de 0,45%, que, por sinal, foi o mesmo de fevereiro de 2012.

Segundo informou o IBGE, por meio de nota, o resultado mensal de fevereiro teve influência positiva da elevação dos preços dos combustíveis, principalmente a gasolina, que teve impacto de 0,16 ponto percentual no indicador geral, como item isolado. Quando o assunto é grupo de despesas, foi a Educação, que aumentou 5,4% na média, que impulsionou o indicador, contribuindo com 0,24 ponto percentual no IPCA.

Por outro lado, o consumidor pagou em média 15,17% a menos pela conta de energia elétrica no mês passado no País, o que diminuiu consideravelmente a pressão inflacionária. Conforme o IBGE, esse foi um reflexo "da redução de 18% no valor das tarifas em vigor a partir de 24 de janeiro". Afirma ainda que o serviço teve "impacto para baixo no IPCA de fevereiro, com -0,48 ponto percentual".