A montadora alemã Volkswagen anunciou sexta-feira que seu lucro líquido cresceu 50% no ano passado, puxado pela elevação da venda de veículos, aumento de eficiência e impacto dos encargos de reestruturação sobre o balanço de 2006. A expectativa é de que receita e lucro operacional sejam ainda maiores em 2008.

“Como resultado do esperado aumento na venda de unidades, a receita de vendas do Grupo Volkswagen em 2008 será mais elevada em bases anuais”, informou a montadora, a maior da Europa em volume de vendas.

A companhia espera que o lucro em 2008 ultrapasse o nível de 2007.

As vendas aumentaram 7,4% no ano passado, para 6,19 milhões de veículos, impulsionadas pela forte demanda da China, do Brasil e da Europa Oriental.

O lucro líquido do ano passado foi de 4,12 bilhões de euros (US$ 6,25 bilhões), ante 2,75 bilhões de euros em 2006, superando a estimativa dos analistas, que previam lucro de 3,93 bilhões de euros.

Reestruturação - Em 2006, a empresa anunciou uma reestruturação que resultaria na demissão de 6.000 funcionários na subsidiária brasileira, sendo 3.200 somente na unidade de São Bernardo.

Na época, aliás, muito se falou da possibilidade de fechamento da fábrica instalada no Grande ABC , considerada pouco competitiva em relação às outras do grupo instaladas no País.

A Volkswagen parecia decidida a levar o plano para frente, tanto que até maio do ano passado já havia demitido 1.200 trabalhadores.

O crescimento expressivo do mercado doméstico de automóveis, no entanto, obrigou os executivos da montadora a mudarem de posição.

Os cortes foram suspensos a partir de então, cerca de 700 funcionários foram contratados para trabalharem na região e outros 700 para atuar em Taubaté e a produção não parou de crescer.