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Volvo não tem como crescer em 2008
Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC
22/02/2008 | 07:03
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Ao mesmo tempo em que comemora aumento de 50% nas vendas de caminhões em 2007 na comparação com 2006, a Volvo do Brasil lamenta o fato de que neste ano não terá condições de crescer mais.

É que a matriz da empresa, na Suécia, fornecedora de componentes de alta tecnologia para a caixa de câmbio, não está dando conta da demanda mundial, o que atrapalhará o desempenho da subsidiária brasileira.

“No ano passado vendemos 10,6 mil caminhões, mas se a demanda crescer acentuadamente, não teremos condições de atender a um volume muito maior do que este por causa do gargalo na matriz, que fornece os componentes”, disse o presidente da empresa no Brasil, Tommy Svensson, nesta quinta-feira em São Paulo.

Segundo Svensson, investimentos globais da ordem de US$ 630 milhões foram anunciados pela matriz, mas os efeitos serão sentidos apenas em meados de 2009. Se a fábrica na Suécia tivesse condições de produzir mais, a unidade brasileira seria capaz de responder a uma demanda entre 15% e 20% maior do que a atual, algo em torno de 2.000 veículos a mais por ano.

Mercado - No Brasil, a Volvo ocupa a terceira posição no mercado de caminhões pesados, com 20,4% de participação e a quarta posição no de semi-pesados, com 7%.

Apesar de admitirem que a montadora não terá como atender uma demanda maior, os executivos da empresa afirmam não temerem uma perda muito grande de participação, porque acreditam que o crescimento do mercado em geral não seja tão acentuado como em 2007.

“O crescimento continuará, mas num ritmo menor. Além do mais, o problema atinge apenas a linha de veículos pesados. Sendo assim, podemos compensar aumentando as vendas de semi-pesados, onde não há dificuldade com fornecimento de componentes”, justificou o gerente Reinalfo Serafim.




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