Órgãos de defesa do consumidor sempre recomendam analisar um contrato antes de assiná-lo. Contudo, três empresas do Grande ABC não seguiram esse conselho e, ao contratar um plano corporativo de telefonia celular da TIM, acabaram adquirindo uma dívida em vez do serviço e não conseguem solução para o problema.
Há quatro meses, as empresas de prestação de serviço HJBS, Kophazzi e Gusaka assinaram um contrato para um plano corporativo de serviço com um representante da TIM.
O problema é que o documento foi assinado em branco e a conta, que deveria ser de R$ 150 por mês, chega a quase R$ 1.000.
“Jamais esperávamos ter problema com o plano. Até porque a empresa Skarvel, que ofereceu o contrato, falava em nome da TIM. Não se espera que se altere o que foi acordado verbalmente”, explica um dos sócios da HJBS, José Benedicto. As prestadoras de serviço também ficaram sem o contrato.
O que foi oferecido às empresas era um plano de 300 minutos com o custo de R$ 0,18 o minuto excedente, além de aparelhos adicionais para serem incluídos no programa. Mas nas contas consta um plano de 1.500 minutos.
Quando chegou a fatura, no mês seguinte da assinatura do documento, as três empresas se deram conta do erro e, desde então, tentam com a Skarvel e com a TIM desfazer o engano.
“Já falei com o consultor da representante da TIM, abri diversos protocolos na própria TIM e não houve solução. São três meses nessa situação. Agora, a reclamação já foi para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e inquérito na Polícia”, conta Benedicto.
Benedicto conta que os contratantes resolveram não pagar as contas e o aparelho ficou impossibilitado de fazer chamadas.
“Ainda temos medo de sujar os nomes das empresa por causa da dívida, pois somos prestadores de serviço e isso pode pesar contra a nossa contratação”, comenta.
Procurada pelo Diário, a Skarvel afirma que realmente houve um problema de idoneidade do consultor que vendeu o plano e que estão buscando junto a TIM uma solução.
Já a TIM entrou em contato com as três empresas após ser procurada pela reportagem e promete solucionar o problema.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a operadora afirma que os valores que vêm sendo praticados pela operadora estão de acordo com os contratos assinados entre as partes.
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