O técnico Emerson Leão, que atualmente está no Al-Sadd (Qatar), foi agredido nos arredores da Vila Belmiro, ontem. Ele esteve em Santos para uma reunião com a diretoria alvinegra com o intuito de receber, em seis parcelas, uma dívida de R$ 700 mil relativa à rescisão de seu contrato com o clube da Baixada, no dia 27 de maio deste ano.

Quando saía do estádio, o treinador foi vítima de uma suposta emboscada. Leão foi cercado por cerca de oito pessoas e recebeu socos. Os responsáveis pegaram a agenda do treinador e causaram avarias em seu carro. Posteriormente, o objeto foi recuperado.

Depois do incidente, Leão acionou a Polícia Militar e registrou um boletim de ocorrência. O técnico acusa Marcos Antônio Castelão, ex-segurança do Santos, demitido neste ano por conta de um pedido do então treinador alvinegro.

"Fui agredido covardemente por uma ação previamente combinada. Atiraram uma barra de ferro, que por pouco não me acertou", relatou o técnico na saída do 2º Distrito Policial de Santos.

A agressão foi captada por câmeras instaladas na entrada da Vila Belmiro. As fitas foram anexadas ao registro feito por Leão na delegacia.

Castelão era segurança do Santos e foi mandado embora depois de agredir, em uma sala da Vila Belmiro, um fiscal do clube que teria insinuado a sua participação em esquema ilegal de venda de ingressos. Como dirigentes e outras pessoas, Leão presenciou as cenas e disse que ele não trabalharia mais no CT Rei Pelé. Os agressores fugiram.