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Passageiros elogiam divisão de linhas em Mauá
Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
30/12/2012 | 07:00
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A divisão das 18 linhas municipais do Lote 2 de Mauá foi elogiada por usuários do transporte coletivo. Desde ontem, os trajetos passaram a ser feitos de forma conjunta entre as viações Leblon e Estrela de Mauá. Até então, apenas a primeira empresa operava o serviço. Na opinião dos passageiros, a entrada da outra companhia estimula a concorrência.

Com a mudança, determinada pela Prefeitura na quinta-feira, as operadoras passaram a intercalar os horários das viagens. A medida foi adotada até que a Justiça julgue em definitivo a vencedora da licitação para a área. A alteração também foi possível em razão de mudança na lei  de concessão do transporte municipal. No início do mês, o Executivo revogou artigo que garantia operação da companhia com contrato vigente até a finalização do processo licitatório.

Apesar de a decisão ter prejudicado a Leblon, o clima nos terminais do Centro e do Jardim Zaíra era tranquilo na manhã de ontem.

"Espero que a concorrência estimule as duas empresas a manter boa qualidade. Geralmente, fica bom no começo e piora com o passar do tempo", avalia o pedreiro João de Souza, 45 anos. O atendente José Ivan Otávio, 41, também elogia a nova configuração do sistema, mas cobra da Prefeitura fiscalização intensa. "Tem que ficar de olho. Senão, só muda a cor dos ônibus, mas os problemas continuam os mesmos, como demora e superlotação."

O presidente da Estrela, David Barioni Neto, e o secretário de Mobilidade Urbana, Renato Moreira dos Santos, não foram encontrados pela reportagem.

PROCESSO

A briga pelo Lote 2 começou em 2008, com o lançamento da licitação. A primeira viação a ser declarada vencedora foi a Estrela de Mauá - decisão que foi modificada após recurso da Leblon sob argumento de que faltava à concorrente atestado de capacidade técnica.

A empresa paranaense venceu o certame, segundo avaliação judicial em 2010, e assumiu a operação em novembro. Neste ano, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reabilitou a Estrela, que assinou contrato com a Prefeitura. A decisão foi suspensa duas semanas depois pelo presidente do STJ, Ari Pargendler, e o caso segue à espera de julgamento.




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