Automóveis Titulo Lançamento
Renovado Mercedes Classe B
Vagner Aquino
Do Diário do Grande ABC
10/10/2012 | 07:00
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Divulgação


Os fãs da Mercedes-Benz que sonhavam em ter um carro da marca, mas que não tinham condições de pagar cerca de R$ 130 mil - preço cobrado pelo Classe C, até então o modelo mais em conta da fabricante alemã -, agora podem respirar mais aliviados.

Pois é, para quem não tem toda essa grana, a marca da estrela de três pontas acaba de lançar seu veículo de entrada no Brasil: o Classe B 200, que parte de R$ 115,9 mil.

Em nenhum momento a Mercedes especifica a categoria do modelo. "Nosso veículo quer conquistar o cliente que vem de um hatch e procura o espaço de um sedã e a versatilidade de um SUV", relata Dirlei Dias, gerente sênior de vendas de automóveis da Mercedes-Benz do Brasil.

Confuso? Pois é, mas o importante aqui é o resultado. À primeira vista, o modelo - que chegou aqui em 2006, substituindo o Classe A, que era produzido no Brasil desde 1997 - deixa transparecer sua evolução, que vai desde as novas linhas da carroceria, até as dimensões. Está 5 cm mais baixo, 9 cm mais comprido e 1 cm mais largo que a geração anterior.

Isso se deve à nova plataforma, que, de acordo com Dieter Zetsche, CEO da Mercedes-Benz, "dará origem a toda uma família de veículos no Brasil". De acordo com fontes ligadas à marca, um SUV e um cupê estão chegando nos próximos quatro anos.

Voltando a falar em dimensões, um dos principais apelos aqui é o espaço do porta-malas. São 488 litros de capacidade de carga - com os bancos rebatidos e sem o tampão, o número pula para 1.547 litros.

Quando se está ao volante, a imagem de veículo familiar começa a mudar. O banco tem asas protuberantes e é duro, bem puxado para a esportividade. Os ajustes são feitos por alavancas (poderiam ser elétricos), possibilitando achar rapidamente a melhor posição para dirigir.

Poucos quilômetros adiante já começam as comparações com o modelo anterior. E não falamos apenas em termos estéticos, como faróis, lanternas, grade e rodas, mas em relação à pegada e, sobretudo, ao conforto. Para se ter ideia, o carro - importado da Alemanha - está 6% menos ruidoso que a geração aposentada, mérito de várias modificações, como a otimização das caixas de rodas para silenciar o impacto entre o pneu e o solo.

O novo motor 1.6 turboalimentado e com injeção direta de gasolina dá conta do recado sem reclamar. Com torque máximo de 25,5 mkgf disponível já a 1.250 rpm, o propulsor de 156 cv atinge os 100 km/h em 8,4 segundos. A velocidade máxima é de 220 km/h.

E não pense que por isso o consumo seja alto. O modelo faz entre 9 km/l e 10 km/l. Para ajudar, conta ainda com sistema Start/Stop, que desliga o carro quando se para em semáforos, por exemplo, melhorando a economia de combustível.

Na subida da serra (teste de lançamento aconteceu entre a fábrica de caminhões da Mercedes, em São Bernardo, e a Riviera de São Lourenço, no Litoral Norte paulista) foi a vez do câmbio 7G-DCT brilhar. Com tecnologia de dupla embreagem, a caixa de sete marchas mostrou muito equilíbrio, sem elevar a rotação ao extremo e tampouco gastar força desnecessariamente. Em meio ao trânsito, as trocas se tornam quase imperceptíveis - nem deu para sentir saudades do CVT da geração anterior.

O conjunto é bastante afiado e amparado pela unidade ABR, que controla sistemas como ESP (controle eletrônico de estabilidade), EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem), freios ABS, HSA (assistente de partida em subidas) e função Brake Hold, que mantém o freio acionado sem necessidade de pressionar o pedal até que o carro seja reacelerado. Sem contar a tecnologia que, periodicamente, seca os freios nos dias chuvosos.

Disponível apenas em duas versões

Sem opcionais disponíveis, o B 200 conta com somente duas versões de acabamento. A Turbo, que sai por R$ 115,9 mil, e a Turbo Sport S (R$ 129,9 mil). Guiada pelo Diário durante o test-drive de lançamento, esta última traz a mais em relação à versão de entrada faróis bi-xenônio com LEDs (também no para-choque), detalhes cromados na carroceria, ponteira dupla de escape, difusor na parte inferior do para-choque traseiro, rodas de liga-leve de 18 polegadas, pedaleiras com acabamento em aço escovado e forro do teto na cor preta - na opção de entrada é cinza).

Mas isso não significa que a versão de entrada seja pelada. Vem com ar-condicionado Thermatic, pneus Run Flat, pacote de iluminação interna, rodas de liga-leve de 16 polegadas, volante multifuncional com shift paddles (aletas) e Audio 20, que engloba todo o entretenimento a bordo numa tela de 14,7 polegadas situada no topo do painel. O ponto negativo? Não ser touch screen e não trazer sistema de navegação. Segundo os executivos da fabricante, também não há previsão de trazê-lo.

OUTROS ITENS

Na nova geração do B 200, a parafernália tecnológica está mais caprichada. Um exemplo é o sistema de estacionamento automático, batizado pela marca de Active Park Assist. Há dois anos, a tecnologia foi pioneira no Brasil, trazendo auxílio de estacionamento em vagas tanto do lado direito quanto do lado esquerdo da rua. Agora, mais uma inovação: na versão topo é possível também sair da vaga sem a intervenção do motorista.

Mesmo com tudo isso, a marca espera vender 500 unidades até o fim do ano. "Destas, 90% deverão ser na configuração topo de linha", salienta o analista de produto da Mercedes, Leandro Rodrigues.




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