Política Titulo São Caetano
Sidão promete economia de 30% e faz apenas 9,47%

Presidente da Câmara de S.Caetano retorna R$ 3,6 mi ao Executivo de Orçamento de R$ 38 mi

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
22/12/2013 | 07:08
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Andréa Iseki/15.10.2013/DGABC


O presidente da Câmara de São Caetano, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB), não cumpriu a promessa de economizar 30% do Orçamento de R$ 38 milhões e vai retornar ao Executivo apenas 9,47%. O desempenho acentuou a crise de relacionamento com o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB).

O retorno ao Palácio da Cerâmica é de R$ 3,6 milhões. Para cumprir a meta o mandatário deveria ter poupado R$ 11,4 milhões. Ou seja, os gastos na gestão de 2013 extrapolaram em R$ 7,8 milhões.

No dia 11 de abril, quando Pinheiro convocou munícipes a comparecerem ao Teatro Paulo Machado de Carvalho para expor balanço de 100 dias de governo, Sidão aproveitou o embalo e prometeu seguir os passos do prefeito. O socialista garantiu que economizaria 30% de sua peça orçamentária.

O ato foi reforçado como solidariedade à crise financeira enfrentada pelo Paço. Pinheiro herdou R$ 264,5 milhões de restos a pagar e teve que remanejar investimentos diante da queda de arrecadação. A verba de retorno chegou a ser cogitada no Palácio da Cerâmica como recurso fundamental para pagamento de contrapartidas em investimentos do governo federal e do Estado.

A avaliação do Palácio da Cerâmica sobre Sidão piorou. O governo peemedebista ainda não conseguiu digerir o apoio do presidente a duas tentativas de instauração de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) – do Transporte e da Dívida – e da tentativa de antecipar a votação das contas de 2011 do ex-prefeito e atual secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB).

Durante o ano, Sidão promoveu licitações polêmicas no setor de TI (Tecnologia da Informação) e não conseguiu completar nenhum desses processos de compra. O destaque ficou com o ensaio de contratar a produção e instalação de 12 softwares para 150 computadores. A pior proposta chegou a ser convocada, a empresa prestou o mesmo serviço por custo 41 vezes inferior.

Apesar do percalço, em relação a 2012 este ano teve aumento de 12 para 19 vereadores, o que majorou os gastos. Sidão ampliou o número de gabinetes e, além disso, a reforma administrativa do socialista – aprovada no ano passado – garantiu o equilíbrio das despesas. O corte do pagamento de gratificações a funcionários trouxe reserva média de R$ 4 milhões no ano.

Assessores de Sidão frisaram que o balanço financeiro é positivo, uma vez que a ampliação de sete parlamentares foi significativa e representou aumento dos custos, destacando que a média histórica de retorno ao Executivo está entre R$ 3,5 milhões e R$ 4 milhões.




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