Política Titulo Repercussão
PSD freia projeto a estadual de funcionário fantasma

Dirigente reconhece que partido não apostará em Peixoto, mantido mais um dia por Luiz Marinho

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
05/12/2013 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A candidatura a deputado estadual de Orlando Peixoto pelo PSD praticamente naufragou após revelação do Diário de que o pessedista é funcionário fantasma no governo do prefeito Luiz Marinho (PT), em São Bernardo. O petista manteve por mais um dia o servidor na administração municipal.

Peixoto foi designado pelo presidente nacional do PSD, o ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab, para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa, em dobrada com o vereador Rafael Demarchi, que concorrerá a uma vaga na Câmara dos Deputados. A parceria havia sido anunciada em agosto, quando o dirigente partidário fez visita oficial a Marinho.

O presidente da comissão provisória do PSD de São Bernardo, vereador Fábio Landi, reconheceu que a situação da candidatura a parlamentar estadual de Peixoto ficou bastante “ruim”.

“O cenário muda para ele (Peixoto). O PSD dificilmente vai lançar um candidato com um histórico desse”, ressaltou o vereador.

No domingo, após uma semana de apuração, o Diário mostrou que Peixoto foi contratado por Marinho para exercer cargo comissionado de consultor de Obras com salário de R$ 8.079,17 por mês. Mas, em vez de fiscalizar empreendimentos públicos, passava boa parte do dia em seu escritório particular de contabilidade, no bairro Taboão.

O caso está em análise na direção estadual do PSD, conduzida pelo coordenador da Região Metropolitana, o vereador paulistano José Police Neto. Police já encaminhou ofício à comissão provisória de São Bernardo solicitando esclarecimentos sobre o funcionário fantasma. O diretório estadual deverá enquadrar Peixoto na comissão de ética da legenda para avaliação da conduta política do primeiro suplente de vereador em São Bernardo.

Na terça-feira, Landi afirmou que a ida de Peixoto à administração petista não teve influência da comissão provisória municipal, sendo o acordo firmado diretamente entre o político e Marinho. Tanto que iria convocar Peixoto para comentar o contrato de trabalho, para saber se ele teria necessidade de comparecer todos os dias na Prefeitura – segundo despacho assinado pelo prefeito, Peixoto tinha carga horária de 40 horas semanais (ou oito horas diárias).

DEMAIS CANDIDATURAS

A iminente saída de Peixoto dos planos do PSD para 2014 vai alterar o cenário de candidaturas da legenda criada por Kassab.

Por enquanto, o partido vai apostar em oito candidaturas na região: Paulo Serra (pai do secretário de Obras de Santo André, Paulinho Serra), José Bittencourt (Santo André); Rafael Demarchi; Fábio Soares e Magali Selva Pinto (São Caetano); Edimar da Reciclagem e Bianca Lopes (Mauá); e , Gerson Constantino (Ribeirão Pires).




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