Automóveis Titulo
Bruto, confortável e estiloso
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
16/06/2010 | 07:03
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Enquanto os fãs aguardam as novidades do Classe G, prometidas pela Mercedes para o Salão de Paris - de 2 a 17 de outubro deste ano -, o Diário aproveitou a oportunidade para conhecer de perto a versão apimentad(íssima!) do utilitário esportivo que conquista pelo estilo único. Uma mistura de bom gosto entre o moderno e o retrô - se é que isso é possível!

O G55 AMG (US$ 289 mil, cerca de R$ 520 mil) chama a atenção pela imponência. Seu jeito quadradão remete a 1979, quando foi apresentado. Se nos boxes do autódromo de Interlagos, ele, sozinho, roubava boa parte dos olhares curiosos, imaginem nas ruas e avenidas brasileiras ao lado dos nossos populares. São 4,68 metros de comprimento (2,85 metros de distância entre os eixos), 1,93 metro de altura e 1,85 metro de largura. As rodas de liga leve de 19 polegadas de desenho chamativo - e muito bonito - ajudam a completar a robustez.

Mas vamos falar sobre o que um AMG tem de melhor: potência, torque, aceleração, retomada, frenagem... Equipado com motor 5.5 V8 de 507 cv de potência a 6.100 rpm, o Mercedão voa baixo - velocidade máxima: 210 km/h, limitada eletronicamente.

O ronco - elevado ao quadrado pela saída dupla do escapamento posicionado na parte inferior das laterais do veículo - arrepia. Qualquer toque no acelerador é mais que suficiente para a fera rugir mais alto e forte.

E falando em força, o torque do G55 é bruto. São 71,3 mkgf disponíveis entre 2.750 rpm e 4.000 rpm. Voluntariedade que leva o bolidão de 0 a 96 km/h em 5,4 segundos - desempenho que alguns pseudoesportivos não têm.

NA PISTA
E todo esse vigor pôde ser testado no asfalto de Interlagos - local que, convenhamos, está longe de ser o habitat ideal para um selvagem como este. Nas retas, bastava pisar fundo no acelerador para o G55 ganhar rapidamente velocidade. O ponteiro do velocímetro parecia não ter limites.

A transmissão automática de cinco velocidades - que permite trocas na alavanca ou na borboleta atrás do volante -, tem mudanças suaves e quase imperceptíveis. Está em perfeita sinergia com o motor.

E só como comparação: na subida da junção, apontado para entrar na reta principal, o instrutor alertou: "Pode pisar fundo. Observe como o SLK (55 AMG) que está à frente não vai conseguir fugir". Dito e feito. Até o início da frenagem para mergulhar no ‘S' do Senna, o pequenino não conseguiu desgarrar.

Porém, bastou entrar no trecho sinuoso para que o G55 começasse a tropeçar. Afinal, não se trata de um esportivo - longe disso! O acerto de suspensão é macio, privilegiando o conforto que o consumidor deste tipo de veículo procura. Por isso, nas curvas, a inclinação da carroceria é bastante acentuada. Também não podemos esquecer dos 2.555 quilos.

No entanto, em nenhum momento o G55 parece estar fora de controle ou insinua que vai colocar o motorista e passageiros em situação de perigo. A eletrônica - especialmente o controle de estabilidade - atua constantemente. Em certos momentos, a impressão é de que a aceleração foi cortada completamente, inibindo a ação do motorista mais afoito. Um ponto que deve ser levado muito em conta é a tração permanente nas quatro rodas, que auxilia no controle.

CONFORTO
Como todo Mercedes que se preze, o G55 AMG tem luxo e conforto de sobra. A começar pelo acabamento. Couro (bancos e painéis das portas), peças emborrachadas e madeira (console central e painel) garantem requinte acima da média. Os encaixes das peças são precisos.

O painel de instrumentos é composto por leitores circulares do velocímetro, conta-giros, tanque de combustível e temperatura. No centro, o computador de bordo mantém o motorista informado constantemente. Por fim, o sistema de som agrega tela de 6,5 polegadas, leitor de DVD, navegador e comando de voz de determinadas funções.

Trata-se, definitivamente, de mais uma bela obra de arte da engenharia AMG.




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