O estudo identificou que, do total de PCs comercializados no ano passado, 6,5 milhões foram desktops e 540 mil, notebooks. Enquanto as vendas dos micros subiram 24,6%, as de laptops dispararam com um aumento de 96,4%.

Segundo Reinaldo Sakis, analista sênior de PCs e Monitores da IDC Brasil, este grande salto do portátil em 2006 ocorreu, principalmente, pela queda de preços e facilidades no financiamento. “Foi interessante verificar que o notebook, antes um produto considerado de elite e corporativo, já virou commodity, podendo ser encontrado em qualquer loja de varejo”, conta.

Mesmo assim, os notebooks ainda ocupam no Brasil cerca de 7,7% do mercado de PCs, já que os desktops ao atingirem a marca de seis milhões de equipamentos ficaram atrás apenas dos Estados Unidos e China em relação à quantidade de vendas no período analisado.

“O aumento de fabricantes locais, a estabilidade da moeda, os incentivos fiscais e as facilidades no financiamento são os principais motivos para esta alta”, completa Sakis.

Para ele, com o auxílio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que ampliou o incentivo fiscal de computadores, o mercado deve apresentar crescimento significativo nos próximos anos e a expectativa é de atingir a marca de 8,5 milhões de PCs comercializados no País até dezembro.

Com a alta na demanda de PCs residenciais, as vendas de impressoras também tiveram um crescimento significativo em 2006. Este mercado registrou 3,4 milhões de unidades comercializadas em 2006, volume 54% maior em relação ao ano anterior.

Segundo especialistas, o consumo de PCs acabou por puxar as vendas das impressoras, muitas vezes comercializadas em ofertas casadas. “Hoje já é possível encontrar multifuncionais por R$ 300, enquanto as jato de tinta comuns estão por volta de R$ 170”, analisa Luciano Crippa, analista da IDC Brasil.