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São Paulo quer quebrar tabu contra ‘Cervejeiro’ argentino
Renan Cacioli
Especial para o Diário
16/03/2005 | 13:16
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O jogo vale a liderança do Grupo 3 da Copa Libertadores da América. São Paulo, líder com quatro, e Quilmes, vice com três, se enfrentam nesta quarta-feira à noite, às 21h45 (Globo), no estádio Centenário, em Buenos Aires. Para o Tricolor, a partida tem um motivo especial: quebrar um tabu de sete confrontos fora de casa contra os hermanos, dos quais todos culminaram em derrotas. Pior, foram dez gols contra e nenhum a favor.

O Cervejeiro, como é conhecido o Quilmes em alusão à marca de cerveja patrocinadora, tem pouca tradição no futebol argentino. O título mais expressivo foi o Metropolitano de 1978, uma competição regional que, mal comparada, seria o Rio-São Paulo da região próxima à Buenos Aires. Na Libertadores, digamos que o Quilmes está para a edição deste ano como o Paysandu esteve em 2003, ou seja, um franco-atirador absoluto. Daí o perigo para os brasileiros. Naquele ano, como quem não quer nada, o Papão chegou até as oitavas, quando parou no Boca Juniors após ter vencido por 1 a 0 em pleno La Bombonera (perdeu de 4 a 2 no estádio  Mangueirão).

Na edição deste ano, o Quilmes chegou à fase principal após eliminar o favorito Colo-Colo na repescagem – dois empates, o primeiro em casa por 0 a 0, e o segundo no Chile, por 2 a 2 (valeu-se da nova regra do gol marcado fora de casa). Depois perdeu na estréia da fase principal, da Universidad de Chile, por 3 a 2, em Santiago. Na segunda rodada, venceu o The Strongest, da Bolívia, por 1 a 0, no estádio Centenário, em Buenos Aires, que tem capacidade para 30.200 pessoas. Um dos destaques da equipe é o meio-campista Diego Torres, que marcou um dos gols decisivos diante do Colo-Colo.

Os jogadores do São Paulo viajaram munidos de algumas informações sobre o rival. “Nós vimos uma fita que o Leão passou da partida deles contra a Universidad. Tratando-se de time argentino é sempre perigoso, eles são muito rápidos”, alertou o lateral-esquerdo Júnior. Já o goleiro Rogério Ceni teme pela marcação excessiva feita pelos defensores do Quilmes. “Vi um jogo entre Quilmes e Colo-Colo. É um time bem competitivo, que chega junto. Tem uma marcação muito forte, de muita pegada”.

O principal desfalque do técnico Emerson Leão para esta noite é o volante Josué, que sofreu um estiramento na coxa direita e ficará ausente por duas semanas. Renan entra no seu lugar. Luizão, também machucado, é outro na enfermaria do Morumbi. Falcão nem viajou. Mas a esperança mesmo fica por conta da estréia de Diego Tardelli na competição – ele estava machucado nas duas primeiras rodadas.



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