Três atentados suicidas voltaram a consternar o Paquistão nesta quinta-feira deixando pelo menos 51 mortos, no sexto dia consecutivo de violência depois que islamitas juraram vingar seus companheiros mortos no ataque do exército à Mesquita Vermelha de Islamabad.
A Casa Branca, que nos últimos dias acusou abertamente o Paquistão (seu aliado na "guerra contra o terrorismo") de ter deixado os talibãs e a Al Qaeda reconstituir suas forças nas zonas tribais fronteiriças do país, anunciou nesta quinta-feira que não excluía a possibilidade de ataques aéreos em território paquistanês.
O massacre de hoje elevou a 200 o número de mortos nos últimos seis dias de atentados suicidas e ataques contra o exército e a polícia nas zonas tribais, mas também contra civis em Islamabad.
Ataques - Uma explosão nesta quinta-feira matou 14 pessoas e feriu outras 19 na mesquita de Kohat, no noroeste do Paquistão. "Quatorze pessoas morreram e pelo menos 19 ficaram feridas numa explosão na mesquita", declarou um policial da cidade da província fronteiriça do Noroeste, a 50 km da fronteira afegã. "Parece que se trata de um atentado suicida", acrescentou, destacando, no entanto, que a explosão foi causada por uma bomba.
Pelo menos 34 pessoas morreram nesta quinta-feira em dois atentados suicidas no Paquistão, sendo um deles contra um comboio de trabalhadores chineses escoltado por forças de segurança no sudoeste do país.
O suicida não conseguiu atingir o veículo, mas seu carro explodiu em cheio em um ponto de ônibus repleto de gente. Segundo a polícia, 28 paquistaneses, sendo sete policiais, foram mortos e dezenas de outras pessoas ficaram feridas. O atentado aconteceu na cidade de Hub, cenário de uma rebelião separatista há três anos. "Aparentemente, o alvo eram os chineses", acrescentou o chefe provincial da polícia Tariq Khosa, informando que "os chineses estão sãos e salvos".
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