O primeiro perfil epidemiológico de São Bernardo revela que 69,3% da população adulta atendida na rede pública de saúde da cidade sofre de hipertensão sistêmica, aliada a diabetes. O percentual é considerado alto, levando-se em conta que apenas 35% dos moradores do município pagam convênios médicos.
O resultado do estudo fez com que a secretaria de Saúde alterasse suas prioridades de ação. Segundo o assistente de direção da Pasta, Alessandro Neves, o município está voltado ao tratamento da doença.
“Os pacientes diagnosticados entram automaticamente no programa Hiperdia (para pessoas com hipertensão e diabetes) e passam a ter prioridade na marcação de consultas, exames e entrega de medicamentos. Com as informações do mapa pudemos melhorar o suporte dado a estas pessoas nas unidades de saúde e regularizar o estoque de remédios nos locais certos”, afirma.
O levantamento, que passará a ser trimestral, visa ainda saber as principais causas que levam à internação, de acordo com a região (confira quadro ao lado). A idéia é otimizar ações e recursos para os diferentes perfis dos moradores.
“A pesquisa constatou, por exemplo, que o Rudge Ramos concentra a população mais idosa, por isso, o bairro receberá investimentos na contratação de geriatras, psicologistas e fisioterapeutas. Já os bairros que ficam depois da balsa, como o Núcleo Santa Cruz, precisam de mais atendimento do programa saúde da família. A área registra os maiores índices de bebês prematuros e o pré-natal deve ser priorizado.”Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.