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Onde você estava no 11 de Setembro?
Por Daniel Trielli e Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
09/09/2006 | 20:22
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O 11 de setembro de 2001 poderia ter sido mais um dia comum, daqueles que se apagam facilmente da memória. Mas aquela trágica manhã, em Nova York e Washington, entrou para a história mundial e foi acompanhada de perto por bilhões de pessoas em todo o mundo, que não desgrudaram os olhos da TV. As lembranças de fatos cotidianos ocorridos neste 11 de setembro não foram esquecidas, devido à dimensão dos ataques, que mataram quase 3 mil pessoas. O Diário conversou com algumas pessoas da região e perguntou: O que você estava fazendo quando soube dos ataques terroristas?

Jihad Hassan Hammadeh, xeque de São Bernardo
“Estava em um hotel no Rio e iria para uma reunião na Globo para preparar a novela O Clone. Me telefonaram dizendo para ligar a TV. Comecei a pensar nas conseqüências destes atos. Como representantes da comunidade islâmica, escrevemos uma carta condenando os atentados, que foi lida em todos os canais do Brasil. Começaram as ligações dos repórteres e foi um dia inteiro concedendo entrevistas”

Janeth Arcain, jogadora de basquete, de Santo André (na época, jogava para o WNBA pelo Houston Comets, no Texas. Ela tinha chegado ao país dois dias antes dos atentados)

“Fiquei muito assustada. Na hora estava me preparando para ir ao ginásio, tanto que o treino foi cancelado. Fiquei em pânico no ano seguinte. Quando os ataques completaram um ano, eu estava em Nova York. Teve um blecaute e pensei que a cidade seria novamente atacada”

Valter Moura, presidente da Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo)
“Estava colocando gasolina no carro em um posto de São Bernardo. Recebi um telefonema no celular. Era a minha esposa, que disse que estava “acontecendo um negócio estranho nos EUA”. Fui até a TV mais próxima e vi as cenas. As torres ainda não tinham caído, estavam pegando fogo. Na associação toda a equipe ficou assistindo TV o resto do dia”

Antonio José Monte, presidente da Coop, de Santo André
“Estava trabalhando e alguém me ligou. No começo pensei que fosse um brincadeira, mas vi que a pessoa estava nervosa. Vi ao vivo na TV o segundo avião batendo na torre.  Foi uma espécie de invasão do poder e do domínio americano. Ficamos o dia pensando o que teria ocorrido. Conheci aquele prédio a turismo e sei que existiam no local pessoas de todas as classes, etnias e religiões”

Ivan Valente, deputado federal pelo Psol
“Eu estava em Campinas para o velório e enterro do Toninho do PT (prefeito deste município, assassinado na época). No velório veio a notícia sobre a destruição dos dois prédios, que logo se espalhou pelo local. Fomos ver as imagens na TV da Câmara Municipal, cenas que nem roteirista de cinema imaginaria. Foi um impacto muito forte, porque não existia uma guerra. Foi um impacto político”

João Carolino Ramos, proprietário da construtora JCR de Santo André
“Estava em uma obra no Alphavile e o proprietário ligou para contar o que aconteceu: que um avião se chocou com uma das torres e depois outro. Aquele negócio me gelou. Vi aquela cena o dia inteiro na TV. O dia de trabalho acabou, não houve produção. Acompanhei ao vivo a implosão do prédio. Tudo isso mexeu com o emocional. A sensação foi horrível. Fiquei chocado”



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