Os agentes penitenciários do Estado de São Paulo adiaram para segunda-feira a decisão sobre uma nova paralisação em protesto pela morte de colegas. No sábado, mais um funcionário, o terceiro em uma semana, foi assassinado na Zona Oeste da capital paulista.

Eduardo Rodrigues, 41 anos, estava dentro de uma loja de consertos no Jardim Arpoador, quando dois homens entraram no local e atiraram contra ele. Ele era funcionário da Penitenciária Feminina de Santana, na Zona Norte de São Paulo.

Os agentes pretendiam fazer uma paralisação neste fim de semana, mas acabaram desistindo na última hora. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários  do Estado de São Paulo, eles foram pressionados pelos diretores dos presídios, que os ameaçaram com demissões e processos administrativos. A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) negou que isso tenha ocorrido.

Os funcionários já tinham parado em todo o Estado na última quinta-feira, para protestar contra a morte do colega Nilton Celestino, 41 anos, assassinado quando saía de casa quarta pela manhã, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

Na última segunda, membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) armaram uma ação que tinha como objetivo matar pelo menos 15 agentes penitenciários em São Bernardo. A ação foi frustrada pela polícia – que descobriu a ação por meio de escutas telefônicas. Treze suspeitos foram mortos e outros cinco, presos.