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Escola estadual da Vila Pires está na escuridão há um mês
Por Ana Carolina Negrão
Especial para o Diário
18/03/2006 | 08:28
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Há um mês os alunos da Escola Estadual Sérgio Milliet da Costa e Silva, na Vila Pires, em Santo André, convivem com falta de iluminação em um dos portões da escola. A entrada da rua Alba Frota estava totalmente às escuras. Para evitar assaltos e brigas, os funcionários da instituição de ensino passaram a vigiar os 519 estudantes durante o horário de entrada, às 19h, e na saída do turno, às 23h.

Um funcionário da escola que não quis se identificar informou que foram feitas duas reclamações para a Eletropaulo neste período. Ele disse que explicou que se tratava de uma escola, mas mesmo assim nada foi feito.

A rua onde está o portão é deserta e sem movimento. Além disso, faz frente ao muro do Cemitério Cristo Redentor. Para dar uma pouco mais de segurança aos estudantes na entrada e saída das aulas, a escola improvisou um pequeno holofote. Entretanto alguns reprovaram a ação. "Mesmo com essa luz a gente tropeça nos degraus da entrada", afirmou o estudante da 1ªsérie do ensino médio Bruno Freitas, 15 anos.

A preocupação é com assaltos. Os estudantes andam em grupos para evitar a ação de ladrões. "Vou com algumas amigas até o ponto de ônibus, assim fico mais tranqüila de andar por aqui", contou a aluna da 2ªsérie do ensino médio Juliana de Castro, 16 anos. Opinião compartilhada pela aluna da mesma série Tânia Vieira, 17 anos. Segundo a aluna, o fato de funcionários da escola ficarem no portão não deixa os alunos menos apreensivos. "Mesmo com o pessoal da escola na porta, eles não conseguiriam apartar uma briga ou evitar um assalto. Fico com medo na hora da saída porque tenho de ir até o ponto de ônibus sozinha." Antes da volta às aulas a estudante foi vítima de assalto em uma rua próxima à Escola Estadual Sérgio Milliet.

A Eletropaulo informou que na tarde de sexta-feira seria feita a troca da lâmpada. A autarquia disse ainda que a árvore ao lado do poste estava atrapalhando a luminosidade da rua e que os funcionários da escola foram orientados a pedir a poda dos galhos à Prefeitura de Santo André. Na noite de sexta-feira o Diário foi até o local e confirmou que funcionários da concessionária foram à rua Alba Frota por volta das 15h, mas que o conserto não foi feito e nem mesmo a requisição de poda à direção da escola.

A diretora da escola disse que qualquer requisição feita à escola deve ser protocolada, e que é mentira a informação de que a Eletropaulo tenha pedido que a direção da escola pedisse a poda da árvore.



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