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Juliana Silveira: proibida para maiores
Por Mariana Trigo
Da TV Press
01/07/2007 | 07:21
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A veterana Juliana Silveira se destaca em meio à profusão de atrizes na faixa dos 27 anos. Com 14 de carreira, desde que estreou como angeliquete, assistente de palco da Angélica – no extinto Casa da Angélica, no SBT –, a lourinha nascida em Santos pondera cada frase a ser dita da mesma forma que traça os passos de sua carreira, com uma perspicácia pouco comum.

Desde que protagonizou Malhação, na Globo, em 2003, a atriz, com seu jeito acelerado de falar, garante que colocou os pés no chão. Mesmo com novelas como Pecado Capital e Laços de Família no currículo, Juliana não estourou como atriz na época.

Mas bastou sair da emissora “campeã de audiência” para fechar contratos milionários como a ingênua Flor, protagonista da novela Floribella, na Band, que lhe rendeu a gravação de três CDs e os dividendos pelo uso de sua imagem em bonecas e em uma infinidade de outros produtos.

Tanto que, recentemente, Juliana recusou o papel de prostituta na Globo para investir na “patricinha” Nina, a descolada cantora de Luz do Sol, da Record, que sobe aos palcos com o pseudônimo de Lucky Star. Sobre a Record, avalia: “É o início de uma grande parceria”.

PERGUNTA: Você foi sondada para fazer uma novela na Globo, mas optou por fazer Luz do Sol. Por quê?

JULIANA SILVEIRA: Tive um namoro com a Record, com a Globo e com a Band. A Band me ofereceu um projeto parecido com Floribella, mas iria demorar e não quis. Na Globo, me chamaram para fazer Paraíso Tropical. Como a personagem não tinha nada a ver com o público infantil, recuei. Preferi fazer um contrato de quatro anos com a Record. Tudo bem que na emissora ainda não tenho nada definido para o público infantil, mas na Record eu tenho mais abertura com a direção. Tenho liberdade para trocar idéias, o que eu não teria agora na Globo. Isso ficou claro na reunião e foi decisivo.

PERGUNTA: O que ficou claro nessa conversa?

JULIANA: Na Record, fui para fazer a Nina, que se transforma numa cantora. Quando tive a reunião com a Globo, eles me ofereceram uma prostituta. Era isso ou nada. Não teria a menor possibilidade de atrair o público infantil. Isso seria muito triste. Depois da Flor, precisava continuar fazendo uma personagem boazinha. Fora isso, o Roger, meu namorado, está na Record – interpreta o Félix em Vidas Opostas.

PERGUNTA: Mas você estreou como atriz com uma prostituta, a Dagmar de Pecado Capital, na Globo.

JULIANA: Ela era uma prostituta “light”, se vestia de colegial. Não tinha nudez ou violência. O diretor Wolf Maya conduzia a história dela para o lado da comédia. Talvez, na novela da Globo, tivesse de “pagar” peitinho. Não seria o momento ideal, ainda mais logo depois de Floribella. Lá na frente, quando eu tiver 30 ou 35 anos, faço todas as prostitutas e fico nua se quiserem.

PERGUNTA: Floribella foi o auge de sua carreira até agora. Como você reagiu quando a novela chegou ao fim?

JULIANA: Tive até de fazer terapia para me livrar da Flor. Era complicado quando uma criança me olhava sem os cachos e começava a chorar e gritar: “Não é a Floribella! Nem tem o tênis da sorte!”. Nem sabia mais a hora que eu era Juliana. Ambas se confundiram.

PERGUNTA: Como as crianças que acompanhavam a Flor têm recebido a Lucky Star?

JULIANA: As crianças estão cada vez mais precoces. As de 10, 12 anos gostam das mesmas coisas que os adolescentes de 15. Elas têm adorado e se identificam porque a Nina é sexy sem ser vulgar, sem agredir as crianças e os pais. Elas me curtem mesmo sem que eu vista roupas cor-de-rosa e use cachinhos. Isso também atrai os mais velhos. Meu público cresceu.




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