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Diferenças entre países ricos e pobres aumentam, diz ONU
Por Das Agências
30/07/2002 | 13:53
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O abismo existente entre os países industrializados e os Estados em desenvolvimento aumentou nas duas últimas décadas, advertiu nesta terça-feira a Organização para o Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas (Unido).

Apenas 16 dos 58 países em desenvolvimento melhoraram sua capacidade tecnológica em relação aos demais países entre 1985 e 1998, segundo um informe sobre o desenvolvimento industrial mundial publicado esta terça-feira pela Unido. O informe classifica um total de 87 países em função de sua potência industrial.

Somente seis países (China, Filipinas, Indonésia, Tailândia, Irlanda e Egito) melhoraram consideravelmente sua posição entre 1985 e 1998.

Doze Estados (Peru, Venezuela, Panamá, Tanzânia, Ghana, Hong Kong, Zimbábue, Arábia Saudita, Jamaica, Senegal, Omã, Argélia) perderam competitividade industrial. Hong Kong figura na lista devido à transferência de inúmeras empresas para a China continental.

"Os países menos desenvolvidos que lutam para atender as necessidades básicas da população viram cair seu nível econômico, social e de saúde durante estas últimas décadas", indicou Carlos Magarinos, diretor-geral da Unido, neste informe.

Em 1950, 20% dos mais ricos da população mundial ganhavam 30 vezes mais que os 20% dos mais pobres. Em 1990, esta diferença foi multiplicada por 90, declarou Magarinos durante uma entrevista à imprensa.

"É preciso fazer muito mais para garantir que os países em desenvolvimento em seu conjunto possam se beneficiar do processo de mundialização", acrescentou.

Frédéric Richard, da divisão de investigação estratégica e econômica da Unido, destacou que a classificação industrial permaneceu relativamente estável entre 1985 e 1998.

Enquanto que os países do leste da Ásia e as economias em transição da América Latina, o Caribe e a Europa do Leste melhoraram seus resultados econômicos durante este período, os da África subsaariana, do Oriente Médio, do norte da África e Turquia retrocederam.

"Os países em desenvolvimento devem mobilizar as tecnologias existentes, tirar proveito do depósito mundial de tecnologia e conhecimento e usá-lo de maneira eficaz em função das condições locais. Assim triunfaram os países desenvolvidos", declarou Richard.




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