O senador Pedro Simon tachou a nota do Ministério de 'ridícula'. Chamou-a ainda de 'infeliz, irracional, incendiária e absolutamente incompreensível'. Suspeitando de uma conexao entre a represália e as pressoes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Simon ironizou a postura da equipe econômica fora do Brasil. 'Lá (frente ao FMI), eles sao humildes', assinalou.
Embora o Estado esteja em dia com as suas obrigaçoes, o Ministério acenou com denúncia aos credores internacionais de que o Rio Grande do Sul apresentaria 'risco de inadimplência'.
O presidente da Fiergs, Dagoberto Godói, enviou carta ao ministro Pedro Malan, da Fazenda, solicitando que o governo federal informe imediatamente aos bancos estrangeiros que a situaçao do Estado é regular. Para o presidente da Federasul, Mauro Knijnik, a nota, distribuída na tarde de quinta-feira, foi 'desproporcional e precipitada'. E o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, nao ficou surpreso com a iniciativa de Brasília, reparando que historicamente é assim que os produtores rurais do Rio Grande do Sul tem sido tratados pelo poder central.
Neste sábado, em declaraçoes ao jornal Zero Hora, o funcionário do Banco Mundial, Michael Carrol, responsável pelo programa Pró-Rural 2.000, disse que a instituiçao dará prosseguimento normal ao projeto no Rio Grande do Sul.
Financiado pelo Bird, o Pró-Rural 2.000 é um dos programas ameaçados de suspensao pela decisao do governo FHC. Carrol, segundo o jornal, testemunhou que o projeto 'está sendo implementado de maneira satisfatória'.
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