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Livros fazem repensar sobre os senhores das letras
Por João Marcos Coelho
Especial para o Diário
18/11/2004 | 11:03
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Uma defesa apaixonada das classes abastadas por um dos mais contraditórios - e por isso mesmo fascinantes - intelectuais do século XX, o dramaturgo Bernard Shaw; uma radiografia cruel, porém verdadeira e atual, do jornalismo e dos jornalistas feita em pleno século XIX pelo romancista Honoré de Balzac; e um raio X emocionado, indignado e idealista de uma trupe de grandes escritores em visita à Palestina na primavera de 2002.

Esses três lançamentos praticamente simultâneos da Ediouro em edições caprichadas abrem, cada um a seu modo, amplos campos de discussão e contribuem de maneira decisiva para nos conhecermos melhor e duvidarmos das "certezas" que nos passam desde a infância e adolescência. São livros que nos estimulam a pensar por nós mesmos, com independência e isenção, mas principalmente nos ensinam a lição de que é preciso viver com intensidade para querer mudar o mundo.

Se não convencidos por Shaw, Balzac e o grupo de escritores que visitou uma Palestina dilacerada pelo eterno conflito árabe-israelense, ao menos saímos da leitura destes livros consideravelmente enriquecidos, menos propensos a ver tudo em preto ou branco, mais afiados para perceber as nuances de uma realidade que ameaça tornar-se a cada momento mais perigosa, hipócrita e destrutiva.




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