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Liberada pelo Estado, máscara é exigida em táxis e carro por app

Motoristas que trabalham na região solicitam uso do item de proteção e, em caso de negativa, descartam realizar a viagem

Renan Soares
Especial para o Diário
23/03/2022 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


Após o governador João Doria (PSDB) anunciar, quinta-feira, a flexibilização do uso de máscaras em locais fechados, com exceção de centros médicos e transportes coletivos, surgiu a polêmica sobre a obrigatoriedade da manutenção do item nos carros por aplicativos e táxis. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, os segmentos se enquadram como transporte individual, ou seja, a utilização se torna facultativa. A decisão sobre a obrigatoriedade fica a cargo das empresas e do motorista caso a viagem seja realizada por taxistas autônomos.

Na região, os prefeitos decidiram, após assembleia geral no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, seguir o decreto publicado pelo governo do Estado, ou seja, a máscara no transporte individual é opcional nas sete cidades. 

Edson Mourão Doni, 62 anos, é taxista há seis anos e realiza viagens tanto no Grande ABC como na Capital. O motorista é extremamente cauteloso com os cuidados para evitar a contaminação pelo coronavírus. Seu carro possui pontos com álcool gel e lenço para os passageiros, além de local onde ele disponibiliza máscaras descartável gratuitamente.

“(Essa prevenção) É definitiva. Máscaras, o spray para desinfetar, fora que eu lavo o carro com produtos como álcool 70%, com perfume. Passo nas portas e limpo tudo dentro toda semana. Tiro o tapete e pulverizo. Meu carro está sempre cheiroso”, conta ele, mostrando o interior do veículo. Doni conta que tem amigos taxistas que, mesmo sem condições para equipar seu automóvel como o dele, tem pedido para os passageiros o uso da proteção. Caso algum usuário não esteja de máscara, Edson desiste da corrida. “Ofereço para o passageiro (a máscara), se não puder usar eu digo que sinto muito, mas não vou poder conduzi-lo. Mas, geralmente, os meus clientes já chegam com máscara. Às vezes acontece de esquecer a proteção, por isso já tenho aqui para oferecer nestes casos”. comenta.

Em um dos pontos de táxis mais movimentados de Santo André, ao lado da Estação Prefeito Celso Daniel da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), a situação é parecida. O coordenador do ponto, Antônio André, 54, sendo 28 como taxista, conta que não tem autorizado a entrada de nenhum passageiro sem o equipamento de proteção. Ele é o representante dos taxistas na comunicação junto à Prefeitura quando algum problema acontece. A equipe de reportagem do Diário conversou com mais quatro taxistas do local e nenhum deles disse aceitar realizar viagens em que o passageiro não utilize a máscara.

Entre as empresas de aplicativo, a Uber e a 99 não responderam aos questionamentos do Diário até o fechamento desta edição. A 99 mantém na central de ajuda do próprio aplicativo um comunicado informando que “algumas cidades estão adaptando as diretrizes de uso de máscara em locais abertos e fechados. É importante ficar atento aos decretos municipais da sua cidade. A 99 ressalta que segurança é uma prioridade e segue investindo em ações contra a Covid-19, orientando passageiros e motoristas a adotarem medidas de proteção”. Já a Uber, por meio de seu site oficial, coloca o uso de máscara como obrigatório para todos os usuários e motoristas, além de afirmar que distribui kits com desinfetantes, máscaras e itens de higiene aos parceiros




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