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Fraudadores de vestibular sao indiciados em Ribeirao Preto
Por Do Diário do Grande ABC
14/11/1999 | 16:55
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Os três homens detidos no domingo, em Ribeirao Preto, por tentativa de fraude contra o vestibular de medicina da Universidade de Ribeirao Preto (Unaerp), foram indiciados pela polícia e vao responder a processos por corrupçao de menores e estelionato. Eles utilizaram equipamentos eletrônicos, como rádios de transmissao e escutas, para informar 18 candidatos (sete sao menores), de três Estados (Sao Paulo, Piauí e Mato Grosso do Sul), que participaram dos exames. A polícia disse que o sigilo do vestibular nao foi quebrado e descartou qualquer participaçao de funcionários da Unaerp ou da Cesgranrio (organizadora do exame).

Sérgio Aparecido Miguelon (de Novo Horizonte), chefe do grupo, Alex Sandro Ciniciate (de Bauru) e Marcos Benedito Silvério de Freitas (de Araraquara) cobrariam R$ 15 mil dos estudantes, caso estes fossem aprovados no vestibular. O esquema acabou sendo descoberto após um fiscal suspeitar de um estudante que observava algumas anotaçoes numa borracha. A organizaçao chamou a polícia e os três acusados foram detidos, juntamente com os demais estudantes, no Hotel Plaza, na Vila Tibério.

Segundo o delegado do Grupo Armado de Repressao a Roubos e Assaltos (Garra), Sergio Siqueira, que comandou a operaçao, Miguelon nao teve acesso ao gabarito do vestibular e montou um para passar aos estudantes. Sobre os indiciados participarem de uma quadrilha de fraudadores, Siqueira está investigando. "Nao descartamos essa hipótese, mas a aparelhagem utilizada é ultrapassada em relaçao a outros métodos", comentou o delegado. Os adolescentes foram ouvidos como vítimas da tentativa de fraude, enquanto os adultos serao testemunhas do esquema usado pelos acusados.

A fraude nao é a primeira ocorrida em vestibulares da Unaerp. Em 1997, cinco estudantes universitários - três em Ribeirao Preto, um em Goiânia e outro em Campinas - foram detidos quando faziam a prova usando documentos de identidade falsificados, cobrando R$ 5 mil dos verdadeiros vestibulandos. Eles foram processados por falsidade ideológica, estelionato e formaçao de quadrilha.




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