Política Titulo Disputa tucana
Eduardo é o mais competitivo para 3ª via, afirma Paulo Serra

Para prefeito de Sto.André, governador do Rio Grande do Sul tem melhor perfil para 2022; tucano reclama de ‘movimentos’ de Doria

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
28/10/2021 | 00:02
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Divulgação/ Itamar Aguiar/ Palacio Paratini


O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), disse que a escolha pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), nas prévias tucanas para definição do presidenciável do partido, se deu porque o correligionário é mais competitivo, tem o perfil que quem quer fugir da polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido) deseja, mas avisou que o grupo “não será mole” diante de movimentos que possam contaminar o processo interno.

Em entrevista exclusiva ao Diário em live transmitida no Facebook, Paulo Serra reclamou das filiações de prefeitos e vice-prefeitos ao PSDB ao diretório paulista da sigla após o período regulamentar para participação nas prévias. Ao todo, o diretório nacional investiga se o ingresso de 51 prefeitos e 41 vice-prefeitos em São Paulo foi feito pós-prazo – se confirmado, o voto desses novos filiados não serão contabilizados. Entre eles está o prefeito de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (PSDB).

“Da nossa parte, estamos muito tranquilos, isso falando da coordenação da campanha do Eduardo. Nosso perfil é de paz, do diálogo. Mas isso não significa ser mole, tem de responder com firmeza quando provocado. Não podemos aceitar movimentos dentro do partido que me parece que foram feitos após o prazo. Vamos respeitar a vontade da maioria, mas dentro da regra do jogo”, disse o prefeito andreense, um dos coordenadores da campanha de Eduardo Leite no Estado.

Na visão de Paulo Serra, o cenário eleitoral nacional para 2022 é diferente do que foi desenhado em 2018. Por isso, o perfil do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), mais incisivo e de confronto – em especial contra Bolsonaro – seria uma “terceira via de radicalismo”. Ele lembrou que o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) era o nome mais preparado no pleito presidencial passado, mas obteve 4% dos votos porque a sociedade queria alguém “com faca nos dentes”.

“Hoje o cenário é outro. As pessoas que tentam fugir da polarização entre Lula e Bolsonaro não vão buscar um terceiro polo de radicalização. Vão buscar alguém que possa pacificar, que tenha essa característica como a mais marcante. É aí que o Eduardo entra. Ele tem capacidade maior de pacificação, no partido e no Brasil. Eduardo é mais competitivo”, pontuou.

Questionado se as prévias não podem provocar um ambiente de divisão que minaria uma candidatura presidencial, Paulo Serra ponderou que, pelo lado do grupo de Eduardo Leite, o clima pós-processo interno será de buscar o consenso. “Não vejo problema, se o Eduardo vence as prévias, ele fazer campanha em São Paulo. O processo do PSDB vai deixar maior (a candidatura), ainda que algumas feridas tenham de ser curadas.”

No Grande ABC, há divisão com relação aos apoios nas prévias. Enquanto o diretório de Santo André fechou questão pró-Eduardo Leite e é acompanhado por militantes e vereadores em Diadema, Mauá e Ribeirão Pires, Doria conta com suporte em São Bernardo, São Caetano e Rio Grande da Serra.

Além de Doria e Eduardo Leite, concorre nas prévias Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus. 




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