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Jornal inglês promete para domingo segundo capítulo do ‘Pornomax’
Flavio Gomes
Especial para o Diário
05/04/2008 | 07:08
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A Fórmula 1 mal se recuperou do longuíssimo escândalo de espionagem de 2007, que começou em julho e só foi terminar em dezembro, e parece que o mais novo bafafá da categoria vai longe, também. O tablóide inglês News of the World, que no domingo passado revelou fotos e vídeos (em seu site) do presidente da FIA em uma animada orgia sadomasô, promete mais para este domingo.

Max Mosley, o principal dirigente do automobilismo, já assumiu que era ele mesmo o flagrado em cenas constrangedoras, apimentadas por referências nazistas – ele falando alemão, fazendo o papel de um ‘comandante’, as meninas vestidas de prisioneiras de campo de concentração. Pelo menos, não negou. Está se agarrando, em sua defesa, no que considera uma “absurda invasão de privacidade” por parte do jornal, que será processado.

Quinta-feira, quatro montadoras que mantêm equipes na F-1 pediram, oficialmente, que ele se afaste da presidência da FIA. Honda, Toyota, BMW e Mercedes. Elas acham que Mosley feriu a liturgia do cargo e que a FIA não pode ser comandada por alguém que “dá maus exemplos”. Alguns pilotos, como Lewis Hamilton, Rubens Barrichello e Nico Rosberg, fora das entrevistas coletivas oficiais, acham o mesmo. O brasileiro disse que o comportamento de Mosley foi “ridículo”.

Voz solitária na defesa do dirigente foi a do baladeiro Kimi Raikkonen, da Ferrari. “Ninguém tem nada que se meter nesse assunto”, falou o finlandês, conhecido por suas bebedeiras com amigos nas férias e por ter se vestido de gorila numa festinha no ano passado.

O segundo capítulo do escândalo, que pode ser batizado de Pornomax, será divulgado neste domingo nas páginas do jornal. É o que se comenta no Bahrein, onde sexta-feira começaram os treinos para a terceira etapa do Mundial, com domínio da Ferrari.

Além das montadoras, também o Adac, o automóvel clube da Alemanha, veio a público para pedir a saída de Mosley. É uma manifestação de peso. O presidente convocou uma assembléia da FIA para Paris, que vai ser agendada para, no máximo, 45 dias. Fará sua defesa diante de mais de 200 representantes de confederações nacionais.

Ele já avisou que não vai abandonar o cargo. Mas pode ser que seja aberto um processo de impeachment que, por ser muito desgastante, resulte em sua renúncia. O mandato de Mosley termina no fim do ano. Novas eleições estão marcadas para outubro.



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