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Paciente espera por médico há 6 meses
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
25/05/2012 | 07:00
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Tiago Silva/DGABC


Moradores da Vila Santa Terezinha, em Diadema, reclamam que desde dezembro não recebem as visitas dos médicos generalistas do Programa Saúde da Família, que monitora a saúde de pacientes por meio de agentes comunitários de casa em casa. Pacientes graves são atendidos pelo médico semanalmente em domicílio.

A denúncia contradiz a Prefeitura, que afirma ter 100% da população coberta pelo programa, idealizado pelo governo federal.

O paciente Anselmo Gonçalves, 76 anos, é cego, tem câncer de próstata e há sete anos sofreu derrame. Vive acamado e necessita de cuidados especiais. "Desde antes do Natal não recebemos mais a visita do médico.

Soubemos que a equipe do posto de Saúde foi trocada. Pedimos às enfermeiras que ainda nos visitam, mas nenhum médico voltou. Já reclamei na Prefeitura e nunca me dão atenção", disse Fátima Santos Gomes, 49. O idoso precisa de receitas médicas para retirar medicações que tratam o câncer. "Além disso, a urina está com sangue. Precisa colher amostra para fazer o exame."

O problema não acontece apenas na Rua Tília. Pela vizinhança, moradores confirmaram que as visitas cessaram há, pelo menos, cinco meses. Em outras vias como Alfenas, Baependy e Farias de Brito, a história se repete. "Quem passa nas casas são os agentes de Saúde. De vez em quando, os enfermeiros. Médicos, nunca mais. Quem precisa tem de correr no posto. Isso quando tem médico", criticou a dona de casa Sonia Dimov, 50.

A Prefeitura informou que o paciente Anselmo Gonçalves, 76, recebeu 11 visitas domiciliares das equipes do PSF em 2011. Neste ano, segundo a administração, foram duas vezes, sendo a última no dia 17 - inclusive com presença do médico. Ontem à noite, no entanto, a família negou que o médico tenha acompanhado as enfermeiras nos dias referidos.




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