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Rodrigo Garcia cita ‘honra’ ao disputar governo de São Paulo

No Grande ABC, tucano tenta despistar, mas admite vontade em concorrer ao Estado

Raphael Rocha
Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
09/07/2021 | 00:42
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André Henriques/DGABC


Vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) disse que será uma “honra” disputar a eleição ao comando do Palácio dos Bandeirantes na eleição do ano que vem.

O tucano, que ontem esteve no Grande ABC (em agendas em Mauá e Ribeirão Pires), tergiversou quando confrontado com questões eleitorais, mas voltou a admitir desejo de concorrer ao governo paulista em 2022, deixando escapar somente a vontade em estar nas urnas como cabeça de chapa.

“Está muito cedo, vamos trabalhar muito até o ano que vem como vice-governador, ao lado do Doria, para entregar à população aquilo que ela precisa e no ano que vem vamos discutir sim, será uma honra disputar o governo de São Paulo”, comentou o tucano.

Rodrigo Garcia deixou o DEM e se filiou em maio no PSDB, com ficha abonada pelo ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas (morto no mesmo mês), para se cacifar dentro do tucanato para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. Ele é o nome favorito do governador João Doria (PSDB), que já avisou desejo de disputar a Presidência da República – assim, terá de renunciar à função estadual até abril, deixando a cadeira para Rodrigo.

O principal fio desencapado no PSDB é a participação do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) no pleito. Responsável pelo impulso político de Doria dentro do partido, em 2016 (quando Doria concorreu, e venceu, a corrida pela prefeitura da Capital), o ex-chefe do Bandeirantes rompeu com o afilhado político em 2018 e, nos bastidores, avisou que não quer caminhar na rota desenhada por Doria – ou seja, busca estar distante de Rodrigo Garcia ao Estado.

Outros rivais de Doria tentam convencer Alckmin a deixar o PSDB e unir forças para derrotar Rodrigo nas urnas. Há debate em curso com o ex-governador Márcio França (PSB) e o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD), desafetos do atual governador. Alckmin, entretanto, demonstra resistência em deixar a legenda e aposta na possibilidade de vencer Rodrigo ainda nas prévias do PSDB.

Na semana passada, ao Diário, o deputado estadual Caio França (PSB), filho de Márcio França, admitiu diálogo com Alckmin e sugeriu ao ex-governador – com quem seu pai fez dobrada vitoriosa em 2014 – que saia do tucanato para concorrer novamente ao Bandeirantes. Nos bastidores, o que se comenta é que, se Alckmin de fato sair do PSDB, o PSD é o rumo mais provável.




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