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Pádua defende a união dos Tortorello pró-Tite

Irmão de ex-prefeito de São Caetano levanta bandeira de reconciliação com grupo de Auricchio

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
26/05/2021 | 00:39
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Divulgação


Antônio de Pádua Tortorello, irmão do triprefeito Luiz Olinto Tortorello (morto em 2004), de São Caetano, saiu em defesa da união da família em torno da possível candidatura do atual chefe do Palácio da Cerâmica, Tite Campanella (Cidadania), em caso de novas eleições na cidade. Ao Diário, o ex-assessor levantou as bandeiras da reconciliação política do clã e da reaproximação com o grupo do ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB).

Pádua esteve ontem no gabinete de Tite, rasgou elogios ao prefeito e disse que pretende conversar com o irmão, o ex-vereador Jayme Tortorello, e o sobrinho, o ex-prefeiturável Thiago Tortorello (ex-PRTB), para uma possível união da família no palanque de Tite.

“Eu tenho muita fé que o Auricchio vai tomar posse, porque ele ganhou a eleição e o povo o escolheu. Mas (em caso de novas eleições) eu acho que o cenário tem que permanecer como está (com Tite na cadeira). Ele está indo muito bem e a população está gostando. O nome Campanella é muito forte na cidade”, frisou o ex-assessor – Tite é filho do ex-prefeito Anacleto Campanella (1953-1965).

O encontro também foi divulgado pelo prefeito, nas redes sociais. “Bate-papo sobre a nossa São Caetano com o amigo Pádua Tortorello, irmão de Luiz Olinto Tortorello, e sua filha, a psicóloga Ana Paula Tortorello. Obrigado pela visita”, publicou Tite. Ana Paula foi secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou com Mobilidade até semana retrasada – foi substituída pelo ex-vereador Olyntho Voltarelli (PSDB).

A manifestação pública de Pádua deixa mais cristalizada possível união entre auricchistas e tortorellistas em eventual nova eleição em São Caetano, sinalizada no sábado em ato público encarado como lançamento informal do nome de Tite como candidato do grupo governista caso Auricchio sofra novo revés no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O evento – inauguração de escola-parque que une a Praça Luiz Olinto Tortorello com a Emei Cleide Rosa Auricchio, mãe do ex-prefeito – favoreceu essa narrativa.

Pádua se dispôs a reaproximar politicamente os Tortorello, que nos últimos anos optaram por caminhos diferentes. O ex-assessor também tenta apagar o racha da família com Auricchio. Na eleição de 2016, inclusive, dona Avelina Tortorello, viúva de Luiz Tortorello, apoiou o rival do tucano, o então prefeito Paulo Pinheiro (DEM), de quem Pádua e Thiago também foram secretários – a ex-primeira-dama e seus filhos, o ex-deputado Marquinhos Tortorello e Marta, foram ao ato pró-Tite.

“Eu tive problemas com Auricchio muito tempo atrás, mas nunca deixamos de conversar. Eu nunca saí do grupo. Vou trabalhar nesse sentido, para que a família fique unida. Acho muito possível”, diz Pádua. Em 2004, quando Luiz Tortorello abençoou Auricchio como candidato governista ao Palácio da Cerâmica, o grupo rachou. Tite, inclusive, foi candidato a prefeito contra Auricchio.

A declaração de Pádua também ocorre dias depois de Thiago Tortorello, que foi candidato a prefeito no ano passado, ficar sem legenda. O ex-prefeiturável anunciou ao Diário saída do PRTB logo depois de o partido revelar adesão ao projeto do ex-vereador Fabio Palacio (PSD) em eventual nova eleição. “Acredito que vamos caminhar todos juntos, pretendo trabalhar para isso. Não conversei com o Thiago ainda, mas achei um papelão tirarem o partido dele na calada da noite.” 




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