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Candidaturas do governo precisam unir e não dividir, alerta Pedrinho

Presidente da Câmara de Santo André defende projetos a estadual e federal que ‘agreguem’

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
20/05/2021 | 00:12
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André Henriques/ DGABC


Presidente da Câmara de Santo André e campeão de votos ao Legislativo na eleição do ano passado, Pedrinho Botaro (PSDB) defendeu que o governo do prefeito Paulo Serra (PSDB) aposte em candidaturas a deputado federal e deputado estadual, porém, dentro de projetos que unam o grupo. “É preciso agregar. Não dá para ser candidato de si próprio.”

Em visita ao Diário, Pedrinho salientou que a cidade deu respaldo ao time de Paulo Serra quando lhe conferiu 76,88% dos votos válidos no ano passado e que, diante do expressivo resultado, é hora de debater um caminho para que Santo André volte a ter representantes na Câmara Federal e na Assembleia. Em 2018, nenhum representante da cidade foi eleito às duas casas.

“A cidade provou na urna que é favorável a essa gestão, a esse grupo. E o grupo precisa entender que é preciso ter união de forças. Se no grupo existirem pessoas que achem que dá para ser candidato delas mesmas, vira cada um por si. E (se caminhar assim) não vai contar com apoio do governo. Tenho certeza que o governo quer candidatura que agregue, que some, algo que a gestão que Paulo Serra sempre fez”, citou.

Por ora, o nome da primeira-dama e presidente do Núcleo de Inovação Social, Ana Carolina Barreto Serra, é o mais cotado para representar o governo na raia a estadual. Para federal, porém, há congestionamento à vista: o vereador e líder de governo, Professor Jobert Minhoca (PSDB), o secretário executivo de Habitação do Estado, Fernando Marangoni (DEM), o secretário municipal de Esportes e vereador licenciado Marcelo Chehade (PSDB), e o ex-vereador Donizeti Pereira (PV) apresentaram vontade de ir para as urnas com patrocínio político do Paço.

“Todos esses nomes têm condições e competência. São amigos, a gente conhece e valida, inclusive (o desejo eleitoral). A divisão é um problema. Ao dividir muito tem problema porque haverá candidaturas de outros partidos e de outras cidades. Obviamente que o governo terá de sentar em mesa de discussão”, comentou o tucano. “Quero fazer parte disso, claro, por ter sido mais votado (recebeu 5.713 votos) e com representação política grande. Entendo que, para o governo, é melhor eu não sair candidato, para não tumultuar ainda mais o cenário. Mas também sou soldado. Se o governo entender que é importante para o projeto do prefeito Paulo Serra, estou à disposição. Mas não é minha pretensão política.”

EDUARDO LEITE
Sobre o vereador Eduardo Leite (PT), punido com suspensão partidária temporária por elogios ao prefeito, Pedrinho viu contradição da direção do petismo. “A democracia pressupõe dar liberdade de expressão. Vendo de fora, acredito que a situação dele lá está perto do insustentável. Agora ele vai desenhar futuro novo. Acredito que ele vá sair do PT, até porque tem futuro promissor na cidade, a despeito de origem que alguns não concordem por ser mais de esquerda. Tem bons perfil e trabalho”, disse. “Mas não o vejo na base. Vejo o Eduardo como independente.”

Para tucano, não é momento para CPI sobre fura-fila na Fundação do ABC

À frente da Câmara de Santo André, Pedrinho Botaro (PSDB) argumentou que não vê clima para instalação de uma CPI para investigar a denúncia de fura-fila na vacinação contra a Covid-19 por parte de funcionários de setores administrativos da FUABC (Fundação do ABC).

Para o tucano, como o caso já está sob investigação do Ministério Público e da Polícia Civil, o Legislativo fica com poder limitado para apurar com profundidade o escândalo.

“Resultado de CPI você leva para outro órgão, como MP ou TCE (Tribunal de Contas do Estado). E o caso já está no MP. Então, não cabe dentro da Câmara uma CPI com essa finalidade. Temos feito nossa parte na apuração, com requerimentos. Mas acredito até que a Fundação está dentro do prazo razoável para responder os questionamentos”, disse Pedrinho, que classificou como “precipitado” um convite para a presidente da FUABC, Adriana Berringer Stephan, prestar esclarecimentos acerca do episódio. “O instrumento de convocação de uma dirigente de um órgão que não é uma autarquia da cidade não está no nosso ordenamento jurídico. E acho precipitado convidá-la neste momento. É preciso aguardar as respostas.”

O Diário mostrou em primeira mão que ao menos oito funcionários administrativos e ligados a Adriana na FUABC foram incluídos em lista de imunização – na listagem, esses trabalhadores (advogados e servidores de recursos humanos, por exemplo) foram classificados como integrantes de unidades hospitalares.

“Devemos aguardar, respeitando a instituição. Todo mundo sabe que a instituição é valorosa. Se não fosse não estaria há tanto tempo cuidando da saúde de vários municípios. Se hoje a gestão cometeu algum deslize, temos de apurar, mas sem sacrificar a instituição”, finalizou.  




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