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Associações médicas criam comitê para monitorar governo

AMB e 54 sociedades vão avaliar a eficiência das medidas adotadas para controlar a pandemia

Yasmin Assagra
16/03/2021 | 00:23
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A AMB (Associação Médica Brasileira) divulgou ontem a criação do CEM (Comitê Extraordinário de Monitoramento) Covid-19. O projeto foi criado com o objetivo de monitorar, permanentemente, a pandemia em todo território nacional, inclusive as ações dos órgãos responsáveis pela saúde pública. A associação consolidará informações e transmitirá orientações periódicas de conduta para cuidados e prevenção aos profissionais da saúde e a população no geral.

O comitê será composto pela AMB, com suas 27 federais e pelo conjunto de suas 54 sociedades de especialidades do País e funcionará enquanto durar a pandemia. Na coletiva de imprensa de divulgação, as entidades médicas já iniciaram análises da pandemia, como a vacina, combate às fake news e a conscientização inidividual e coletiva para as medidas gerais de prevenção. O comitê divulgará semanalmente um informativo atualizado.

No primeiro boletim do comitê, divulgado ontem, a AMB e sociedades pontuaram sobre a importância da vacinação em massa, justamente como um dos principais fatores para controlar a velocidade da propagação do vírus. “Precisamos de uma ação, e uma ação rápida. Necessitamos de 280 milhões de doses da vacina para imunizar pelo menos 70% dos brasileiros (contando duas doses). Sabemos que isso não é possível para hoje, mas quando será? Quando teremos?”, alerta o presidente da APM (Associação Paulista de Medicina), José Luiz Gomes do Amaral.

Outro ponto observado foi o do distanciamento físico. O comitê, que avalia o lockdown como medida eficiente para controlar a crise, ressaltou que, quanto menor a circulação possível, maior será a eficiência em conter a propagação viral. “O remédio indispensável agora é a visão cidadã. Em 11 de março esse senso de coletividade e solidariedade estava na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A adesão ao isolamento no País era de 33,4%. Baixíssima”, avalia o comitê, em carta.

O presidente da ABM, César Eduardo Fernandes, completou dizendo que o cenário pandêmico é um “momento trágico” e comentou que a gestão da política de saúde não está sob controle da associação e do comitê, porém, eles vão ser críticos e informativos, a fim de auxiliar os órgãos responsáveis. “Este primeiro manifesto já é uma cobrança, na qual pedimos pelo calendário vacinal bem definido, oficiar os municípios e o Estado como todo.” 




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