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Dirigentes da região debatem sobre a paralisação do futebol

Cartolas admitem momento delicado no País, mas maioria é contrária a nova pausa nos campeonatos regionais; exceção é Daniel, do Tigre

Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
06/03/2021 | 00:01
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Pixabay


Um dia após o Ministério Público sugerir que enviará carta para a CBF recomendando a suspensão do futebol pelo País em razão do aumento considerável no número de casos e mortes de Covid-19 e a falta de leitos para tratamento pelo Brasil, os dirigentes do Grande ABC se pronunciaram sobre o assunto e, exceção feita ao gerente de futebol do São Bernardo, Daniel Flumignan, todos são a favor da continuidade dos campeonatos estaduais. Segundo eles, os times vêm seguindo à risca os rígidos protocolos impostos pela FPF (Federação Paulista de Futebol).

“Hoje a gente vive problema muito maior do que quando estourou a pandemia e os campeonatos e o Brasil, eventualmente, pararam. A diferença é que hoje temos mais conhecimento sobre a doença, do que representa, temos vacina. Só que o conhecimento leva as pessoas a tomarem atitudes que elas mesmas identifiquem como corretas. Isso tem causado muitos problemas na população em geral. Particularmente acho que os campeonatos vão parar e pode ser que este fim de semana seja o último de jogo. A gente tem se programado e se estruturado para manter, mas atentos ao que a Federação vai se pronunciar após este fim de semana”, disse Daniel, que continuou. “Temos que pensar em vidas, nos seres humanos e acataremos qualquer decisão da melhor maneira possível. Ficamos perplexos com este cenário que perdura e lamentamos a perda de tantas vidas. Sentimos na pele o quanto isso nos incomodou no ano passado”, emendou, lembrando a morte do técnico Marcelo Veiga justamente pela doença, em dezembro.

Porém, o dirigente aurinegro é voto vencido. “O futebol é entretenimento para quem está em casa. Distrai, ajuda e faz com que esqueça um pouco (a pandemia). Nos estaduais não vejo motivo para isso (paralisação). Não precisa de avião, a Federação tem protocolo rígido e os times vêm fazendo testes. Entendo a posição do MP, a preocupação, porque tem evoluído mais rápido essa segunda onda, mas não vejo necessário paralisar os torneios”, afirmou o presidente do Água Santa, Paulo Korek.

“Qualquer opinião a ser dada é extremamente delicada, mas vejo que o futebol está seguindo regra a ser copiada pelas outras atividades, cada uma com suas peculiaridades. É o exemplo mais nítido e profissional de como lidar com a pandemia”, posicionou-se o presidente do EC São Bernardo, Felipinho Cheidde. “Entendo que não (deva paralisar). O futebol acredito que seja uma das áreas mais seguras na prevenção à Covid. Fazemos semanalmente 50 testes para jogadores, comissão técnica, dirigentes e todas as pessoas, até maqueiros e profissionais da ambulância. Todos os envolvidos. Ao menor sinal (de doença), seja até em exame inconsistente, o atleta ou profissional é afastado imediatamente. Então a segurança é completa”, explicou o presidente do Santo André, Sidney Riquetto.

O Ramalhão, porém, teve desfalque pela doença na última rodada: o volante Vitinho Schimith testou positivo. Outros clubes do Paulistão, como Corinthians (dez casos entre jogadores) e Ponte Preta (quatro) também foram atingidos. 




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