O segundo jogo das quartas-de-final da Copa Joao Havelange com o Palmeiras, marcado para sábado, às 16h, no Parque Antártica, ainda corre risco de ser transferido para o Canindé ou Pacaembu. Isto porque a diretoria do Sao Caetano entende que o árbitro paulista, Alfredo dos Santos Loebeling, "cedeu à pressao da torcida da casa" e prejudicou o time. A expulsao do atacante Adhemar, aos 25 minutos do segundo tempo, causou grande revolta. Ainda nesta terça a diretoria se reúne e define, de vez, a possível novidade. O mando da segunda partida é do Azulao.

"Nós fomos prejudicados pelo juiz. A expulsao do Adhemar foi um absurdo. O Galeano e o Juninho foram mais violentos e nada aconteceu. Nada temos contra a diretoria ou a torcida do Palmeiras, mas a arbitragem cede diante da pressao palmeirense", declarou o presidente do clube, Nairo Ferreira de Souza. Ele nao esconde que é favorável à transferência da segunda partida para o Canindé ou Pacaembu. O prefeito Luiz Tortorello gostaria de que o jogo fosse fora do Palestra. Para ele, também é ideal que o trio de arbitragem seja, de preferência "de outro Estado".

O técnico Jair Picerni nao se envolve na questao e deixa tudo para a diretoria resolver. Para ele, Loebeling "quer aparece mais que os jogadores" e só trouxe prejuízo ao seu grupo. Se depender dos jogadores, a partida fica mantida para o Parque Antártica. "De minha parte, tudo bem. O time tem jogado bom futebol lá, e a torcida nao faz diferença. Duro é jogar no Curuzu (campo do Payssandu, de Belém do Pará", lembra o lateral-direito Japinha.

Castigo - O atacante Adhemar nao ficou só irritado com a sua expulsao. O jogador acha que foi castigado quando recebeu o primeiro cartao amarelo. "Eu fui ajeitar a bola no peito e, sem a menor intençao, a bola resvalou de leve no antebraço. Mas ele deu outro amarelo e o vermelho. É brincadeira. Depois me expulsou quando recebi a falta. A minha reaçao ao jogar a bola foi depois de ter recebido o cartao vermelho", explicou Adhemar.