Política Titulo São Bernardo
Joilson Santos crítica PT e não descarta deixar sigla

Vereador de S.Bernardo é alvo de apuração após voto em Camolesi; ele cita perseguição

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
07/02/2021 | 07:00
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O vereador Joilson Santos (PT), de São Bernardo, criticou a postura da sigla em investigá-lo após ter votado em Estevão Camolesi (PSDB), candidato do prefeito Orlando Morando (PSDB) para presidente da Câmara. O petista não descartou deixar o partido, ainda que tenha alegado que é cedo para essa discussão.

Joilson Santos protocolou sua defesa junto à executiva municipal do partido alegando que não recebeu nenhum tipo de orientação formal para votar em candidato específico para presidir o Legislativo.

“Eu não vi esse rigor todo do partido em relação ao que ocorreu em Santo André. Lá, o (vereador) Eduardo Leite (PT) foi eleito primeiro secretário da mesa diretora com o presidente (Pedrinho Botaro, PSDB) sendo tucano. Não vi reação da executiva estadual quanto a isso”, comparou.

Ex-assessor do ex-vereador Tião Mateus (ex-PT, atual sem partido), Joilson acredita que há espécie de “perseguição política” em suas ações dentro da Câmara de São Bernardo. “Vou acompanhar a eleição dentro da Assembleia (Legislativa). Também não houve nenhuma crítica da legenda sobre o partido ter votado em candidato do (presidente da República, Jair) Bolsonaro para comandar o Senado”, disse.

Na Assembleia, o PT adota linha de votar nos candidatos governistas para ter, em troca, a direção da primeira secretaria da mesa. No pleito no Congresso Nacional, o PT se dividiu nas casas. Para a Câmara Federal, apoiou o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), que foi superado por Arthur Lira (PP-AL). No Senado, jogou as fichas em Rodrigo Pacheco (DEM-MG), eleito.

Questionado sobre a possibilidade de sair do PT, já que declarou que não quer mais conversar com a direção do partido, Joilson foi sucinto. “Ainda é cedo para este debate.”

Joilson Santos foi alvo de representação dentro do PT de São Bernardo, quando militantes ingressaram com pedido de investigação sob alegação de que o vereador tinha obrigação de ter votado na vereadora Ana Nice (PT), que tinha se lançado como candidata a presidente do Legislativo.




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