Decisão do governo de zerar imposto de importação impacta produção de pneus
A alíquota para importação de pneus de caminhões, que era de 16%, foi zerada pelo governo federal nesta semana. A medida, porém, tomada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como aceno aos caminhoneiros, que ameaçavam deflagrar greve no dia 1º, pode custar caro para a indústria, já que deve desestimular a produção nacional.
Em Santo André, há duas grandes fabricantes de pneumáticos, que juntas respondem por 6.000 empregos, que podem estar ameaçados.
Para o presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo, Márcio Ferreira, há o risco de empresas como a Prometeon e a Bridgestone repensarem a produção na região. “Na atual situação do País, com uma carga tributária alta e o lucro reduzido, uma taxa de 16% a menos com certeza vai ter peso significativo sobre onde a empresa deve investir ou não”, disse ele, completando que as vendas para caminhões vêm sendo o carro-chefe do setor, impulsionadas pelo agronegócio. A decisão do Ministério da Economia foi justificada como necessária para reduzir custos operacionais do transporte rodoviário de cargas.
Na próxima semana, a entidade realiza live com os trabalhadores para falar sobre o assunto. A ideia é identificar os impactos, levar a pauta a autoridades e recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal), que no ano passado suspendeu a decisão do governo que zerava as alíquotas de importação para armas de fogo.
Questionadas, Prometeon e Bridgestone não se posicionaram, assim como a Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos).
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