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Memória Nei Souza - (Salvador, Bahia, 14-11-1950 – São Paulo, 14-12-2020)
Do Diário do Grande ABC
“Sempre achei que vivemos um momento importante como ginásio e colegial. Fomos um grupo diferenciado, tanto que são 50 anos de convivência.”
Nei Souza, página Memória, edição de 21-12-2018.
O jornalista Nei Souza, ex-Diário, deixa nos anais da vida pelo menos duas belas entrevistas gravadas, incontáveis reportagens e uma primeira grande colaboração para a página Memória sobre a família do 2º Ginásio Estadual de Santo André (2º Gesa) e Colégio Estadual de Santo André (Cesa) – escola que realiza encontros regulares de ex-alunos, funcionários e professores desde a década de 1970.
Em 2016, Nei foi entrevistado pelo jornalista Júlio Abreu na TV do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, recapitulando mais de 35 anos de profissão. Uma das revelações do Nei: a amizade que teve com Ayrton Senna quando o piloto estava em início de carreira.
Em 2018, ao lado do amigo Marco Tomé, Nei participou do programa Memória na TV, do Diário, para falar do livro que os dois escreveram sobre os 50 anos da Escola Estadual Visconde de Taunay, da Vila Francisco Matarazzo, em Santo André, fundada no Parque das Nações com o nome de 2º Ginásio Estadual de Santo André.
O contato com a página Memória era mais antigo. Em 2003, Nei nos procurou com lindas fotos da sua escola, divulgando mais um encontro que seria realizado do Gesa (ginásio) e Cesa (colégio) desta escola pública que fez e faz história no eixo Parque das Nações/Vila Matarazzo.
O AMIGO
Everaldino Oliveira Souza, o Nei, sempre mencionava que trabalhou no Diário, conta a amiga Leninha. Depois trabalhou no Diário Popular, em A Gazeta Esportiva, sem contar os anos de militância em jornais como A Voz Operária, acrescenta Gilson Fernandes. Nei fez também assessoria de imprensa, atuando em organismos como a prefeitura de Guarulhos.
“Vai fazer multa falta. Por onde ele passava o sorriso do amigo aparecia. Como disse o colega Caetano Viviano, da Tchurma, o Nei era um amigo na melhor acepção da palavra”, sintetiza Maria Aparecida Pereira, a Leninha.
Nei Souza era filho de Marieta Ramos Oliveira e José Bispo de Souza. Parte aos 70 anos. Deixa a mulher, Marta Regina Calegaro, e os filhos Luanda, Leandro, Lucas e Lígia. Seu corpo foi levado e velado no Cemitério São Pedro, do crematório de Vila Alpina.
Vamos nos reunir, tchurma!
Texto: Nei Souza (*)
Os ex-alunos do Colégio Estadual de Santo André estão em festa. No próximo dia 18, a galera se reúne para comemorar os 30 anos de formatura da primeira turma do colégio, em 1973. O local da comemoração não poderia ser mais apropriado: o próprio pátio do colégio, onde tudo começou: Rua Oratório, 1.458, no Parque das Nações.
Os tempos eram outros, difíceis, de sufoco, quando até de flores era perigoso falar, e as meias-verdades, a regra. Mas a esperança em dias melhores iluminava as mentes e embalava os corações de mestres e alunos.
Um projeto pedagógico voltado não só para a transmissão do conteúdo curricular em sala de aula, mas também para as atividades extracurriculares (teatro, competições esportivas e culturais, apoio à comunidade, lazer e confraternizações) ajudou a consolidar muita personalidade e alavancou algumas carreiras profissionais de sucesso.
Educadores, médicos, políticos, comunicadores, profissionais liberais, pais e mães de família dedicados são alguns frutos dessa safra. Toda essa turma (inclusive professores, familiares e convidados) estará reunida nesse encontro, que, entre outras atrações, contará com animação musical de uma banda formada por filhos dos próprios ex-alunos.
(*) Texto que Nei Souza publicou na página Memória em 9 de outubro de 2003
Em 21 de dezembro de...
1915 – Lucinda Flaquer, mãe do senador José Luiz Flaquer, visita Santo André.
1920 – Festa de encerramento do ano letivo no I Grupo Escolar de Santo André, com a entrega dos certificados aos alunos que concluíram o chamado “curso preliminar”.
Entre os nomes, alunos das famílias Bacchi, Balduim, Brock, Bueno, Cardoso Franco, Carolli, Cereja, Fernandes, Fornazaro, Furtado, Gaiarsa, Gardesani, Gitti, Guazzelli, Imperatore, Lima, Magini, Martinelli, Oliveira, Palazzini, Pezzolo, Pinto Alves, Scarpelli, Silva, Sosnoska e Zamboni.
Dois nomes identificados pela Memória: Luiz Lobo Neto (futuro advogado e vereador) e Egydio Pântano (de Mauá, que fez história na AA Industrial).
Foi paraninfo da turma o professor Francisco de Almeida Garret.
Moradores da Rua Marechal Deodoro, no Centro de São Bernardo, do bairro dos Meninos (hoje Rudge Ramos) e Vila Rio Grande acostumavam-se com a passagem de carros oficiais conduzindo personalidades como o presidente do Estado, Washington Luiz.
A mais recente viagem do chefe do Estado, em direção a Santos, havia sido em 18 de dezembro de 1920, em companhia de Heitor Penteado, secretário da Agricultura, e Antonio Prado Junior, expoente do CA Paulistano.
Diário há meio século
Domingo, 20 de dezembro de 1970 – ano 13, edição 1415
Santo André – Américo Pinto Serra eleito presidente da Sociedade Portuguesa de Beneficência, mantenedora do Hospital São Pedro.
São Bernardo – Inaugurada a iluminação da torre da igreja Metodista Central, à Rua Dr. Flaquer. A igreja concluía a fachada principal, na qual se encontra o painel ‘Mãos em Prece’, de autoria de Galileo Emendabili.
São Caetano – Será inaugurada hoje (20 de dezembro de 1970) a nova ala do asilo de velhos de Vila Júlia, mantida pelo Lions São Caetano-Centro.
Futebol – Domingo importante (em 20 de dezembro de 1970):
Em Santo André, no Estádio Municipal (futuro Bruno Daniel), rodada do Supercampeonato da cidade: Sete de Setembro x Bom Pastor; Humaitá x Santos; Alvinegro x Vila Alice.
Em São Bernardo, no Estádio Almerindo Protti, na Rua Frei Gaspar, a decisão do título da Taça Cidade de São Bernardo: Vila Vivaldi x Universo.
Santo do Dia
CANÍSIO
(Holanda, 1521 – Suíça, 1597). Autor de um catecismo que, publicado pela primeira vez em 1554, teve mais de 200 edições e foi traduzido em 15 línguas. Toda uma vida religiosa dedicada à Companhia de Jesus
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