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Não é hora de politicagem, diz Pio sobre assumir Paço

Tucano ficará à frente do governo de S.Caetano ao menos até dia 20;
ele destaca desafios em ações na pandemia e tocar pautas represadas

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
02/12/2020 | 00:33
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Celso Luiz/DGABC


O vereador Pio Mielo (PSDB), de São Caetano, presidiu a sessão extraordinária de ontem que conduziu o projeto de decreto legislativo, aprovado pela casa, que autoriza a licença de saúde do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) e afastamento por motivos particulares do vice Beto Vidoski (PSDB). Com o aval do plenário, Pio assumirá o comando do Executivo ao menos até 20 de dezembro, prazo estimado do período de recuperação de Auricchio – internado por praticamente duas semanas em decorrência de complicações do diagnóstico positivo de Covid-19.

A partir da formalização do crivo favorável da Câmara, Pio exerce, conforme prerrogativas do posto, a função de prefeito em exercício. Há avaliação interna, contudo, sobre eventual cerimônia protocolar para o termo de posse hoje no Palácio da Cerâmica. “Não sei se haverá rito. Dediquei dia (de ontem) para passar o bastão (do Legislativo). Não é momento festivo, requer respeito. Ideia é dar celeridade, transparência (às ações), mas fechar, se possível, com as contas do Paço no azul e sem pautas represadas no Executivo. É hora de responsabilidade, não de politicagem.”

Auricchio teve alta do Hospital Sírio-Libanês no domingo e voltou para casa com vistas dar prosseguimento ao tratamento das sequelas adquiridas durante a internação. A equipe médica liderada pelo infectologista David Uip passou atestado para recomendar a saída provisória. O tucano oficializou licença de 21 dias, que vai vigora de 30 de novembro a 20 de dezembro. O cargo, em tese, ficaria nas mãos de Beto Vidoski, mas o vice alegou que já havia assumido compromissos particulares anteriores – se afastando por 11 dias contados desde ontem – , declinando da posição.

“Independentemente de questões político-partidárias, para a biografia é marco importante (na carreira). Se soma a outros da história que exerceram a função. A responsabilidade é gigante, mas recebi a notícia com serenidade e tranquilidade. Temos que estar preparados para este momento. Os quatro anos à frente do comando da Câmara me dão certo respaldo, experiência, e neste período tivemos gestão muito próxima ao governo. Quase todas as ações executadas pelo prefeito a gente compartilhou e fez parte. Não creio em grandes surpresas do ponto de visa administrativo”, avaliou Pio.

O tucano transmitiu a chefia da Câmara para o vice-presidente Edison Parra (Podemos), que irá gerir os trabalhos por pelo menos mais uma sessão ordinária, além de possíveis levantamentos de recesso. Durante declaração na mesa diretora, frisou que, diante de orientação jurídica, não haverá convocação do suplente (Roberto do Proerd) porque não há pedido de licença de sua parte.

Pio considerou que o desfecho de ano pode ser difícil por causa do cenário de “pandemia, contingenciamento orçamentário e fechamento de contas”. “Por decisão do prefeito, intenção é dar prosseguimento, senão em todos, mas na maior parte dos programas que estão em andamento. Tenho absoluta certeza que herdo confiança do prefeito, pelos quase quatro anos de relação que construímos. Não é mais momento para discutir campanha, política. Volta da pandemia é realidade. O Estado de São Paulo inteiro voltando à fase amarela, regredindo. Quero discutir a cidade. A população quer solução para os problemas. Não aventuras arquitetônicas políticas.” 




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