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Países que apóiam os EUA no Iraque são ameaçados
Da AFP
22/04/2004 | 11:08
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A embaixada da Coréia do Sul na Tailândia recebeu uma carta com ameaças a oito países do Oriente Médio e da Ásia que apóiam a ação dos Estados Unidos no Iraque. A informação foi divulgada pelo diplomata sul-coreano em Bangcoc.

A carta, recebida quarta-feira e assinada por um grupo desconhecido, a Organização de Ultramar Amarelo e Vermelho, ameaça com atentados, entre 20 e 30 de abril, os seguintes países: Austrália, Japão, Kuwait, Paquistão, Filipinas, Cingapura, Coréia do Sul e Tailândia.

O ministro tailandês das Relações Exteriores, Surakiart Sathirathai, explicou que seu país determinou o reforço da segurança ao redor da embaixada sul-coreana. Uma fonte da polícia acrescentou que a vigilância também foi intensificada nas áreas de trabalho ou de residência dos sul-coreanos que vivem na Tailândia.

Em Seul, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afirmou que a Coréia do Sul “está tentando determinar a autenticidade da carta e que já manteve contato com os outros países ameaçados pela mensagem”.

A carta, escrita em inglês, foi enviada da própria Tailândia e também está sendo examinada pelas autoridades australianas, informou um porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Austrália.

Ameaças similares já foram feitas contra os interesses sul-coreanos na Tailândia. Em janeiro, a segurança foi reforçada nos aeroportos depois de ameaças contra a representação em Bangcoc da companhia aérea Korean Air e contra aviões do país — a mensagem foi enviada pela Anti-Korean Interest Agency.

Medo- A Coréia do Sul, uma das principais aliadas dos Estados Unidos na Ásia, aumentou consideravelmente suas medidas de segurança depois dos atentados de Madri de 11 de março, que provocaram 191 mortes. O governo sul-coreano também estendeu seu dispositivo até o final de abril e reforçou a segurança em todas as suas embaixadas.

Seul pretende enviar três mil militares ao Iraque nas próximas semanas, para ajudar na reconstrução do país. Os oficiais apoiariam a ação de 400 sul-coreanos não-combatentes que já estão no país.

Por sua parte, o governo tailandês sofre intensas pressões internas para repatriar seu contingente de 450 militares no Iraque. O primeiro-ministro Thaksin Shinawatra advertiu na terça-feira que os soldados retornarão se a situação não permitir que eles desenvolvam sua missão humanitária.




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