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Presença militar dos EUA na Arábia Saudita é questionada
Das Agências
26/04/2002 | 08:58
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Nos momentos em que o desacordo entre Arábia Saudita e Estados Unidos sobre o Oriente Médio é evidente, a saída de cerca de 5 mil militares norte-americanos desse país, embora sua presença tenha grande importância estratégica para Washington, é mencionada cada vez com mais insistência.

"Há um tempo, os norte-americanos querem reduzir sua presença militar na Arábia e se sentiriam melhor em outro lugar, talvez no Qatar", país vizinho, declarou um diplomata ocidental, que pediu o anonimato.

Este diplomata se referia às informações que há vários meses mencionam uma eventual retirada das tropas norte-americanas para o Qatar, país que serve já de centro de armazenamento de equipamentos militares norte-americanos, o maior do Oriente Médio.

Os militares norte-americanos na Arábia estão concentrados em sua grande maioria na base aérea Príncipe Sultan, em Kharj, a 80 km de Riad. O resto, em sua maioria assessores, opera em diferentes regiões do reino.

Segundo estimativas dos diplomatas ocidentais, seu número oscila entre 5 mil e 6 mil, mas em estimativas não oficiais se menciona um número que vai dos 30 mil aos 40 mil, mas nele são incluídos os civis que operam na Arábia em relação com esses militares.

Os ataques terroristas de 1995 e 1996 contra instalações militares em Riad e Darán (Leste) levaram os Estados Unidos a reunir suas forças aéreas na base de Príncipe Sultán, onde, segundo um diplomata ocidental, "os norte-americanos se sentem isolados nesta região deserta".

O senador norte-americano Carl Levin, presidente da Comissão senatorial das Forças Armadas, disse em janeiro que os militares acantonados em território saudita têm um "sentimento desagradável de não ser bem-vindos".

"Os dirigentes sauditas admitem que a presença militar norte-americana se tornou prejudicial e os norte-americanos reconhecem que esta presença afeta a legitimidade do regime saudita", declarou o chefe do Movimento islâmico pela Reforma na Arábia, com sede em Londres, Saad Al-Faqih.




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